Inteligência Epistêmica

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Convivendo na MATRIX...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Exossociologia - Astrobiologia

A partir de Dyson e Kardashev, ao contrário de idéias anteriores, avança-se agora no sentido de imaginar a ação de uma "engenharia cósmica", de forma a realizar alterações materiais de grande magnitude [BARCELOS, 2001: 94].

Na leva de revistas “Pesquisa Fapesp”, que peguei esses dias, achei outra reportagem que tem tudo a ver com o tema “Ufologia”. O título é instigante: “Seres do espaço”. Claro que a matéria não trata de nenhum homenzinho verde ou loiro prateado ou lesma inteligente ao estilo de HG Wells. A matéria aborda as bactérias com super-resistências, com possibilidades de sobreviver em ambientes dos mais inóspitos e sob as radiações mais mortais aos seres orgânicos. Esse novo campo do saber, como vocês sabem, envolvendo o estudo sobre a vida e suas possibilidades além da Terra, surgido por 1998, é denominado Astrobiologia, e reúne diversos ramos acadêmicos, caso da Química, Física, Biologia, Astronomia e até Antropologia e Filosofia.

O link da matéria: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=4249&bd=1&pg=1&lg=

Penso que há muitos diálogos a serem estabelecidos entre a Astrobiologia e a Ufologia. Se ufólogos se mantiverem como caçadores de mulas sem-cabeça espaciais e os astrobiólogos empinarem o nariz e virarem a cara para tantos relatos de avistamentos e contatos, nada feito! Mas se a postura for de racionalidade e livre argumentação de todos os lados, acredito que as chances de surgirem trabalhos e ideias conjuntas é muito grande. Na matéria, fala-se no recentemente criado Laboratório de Astrobiologia, vinculado a Universidade de São Paulo. Conferi o site do “AstroLab” e colei abaixo o histórico que está lá, além do link para quem quiser conferir mais detalhes.

Também achei muito interessante o site do Centro de Astrobiologia, do Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (INTA) da Espanha (http://cab.inta-csic.es). Os caras estão vinculado a Nasa, que, por sua vez, também tem um organismo específico dentro da agência, o Astrobiology Institute.

Lembro-me sobretudo da classificação das civilizações cósmicas, pelo critério dos níveis de demandas energéticas, pelo astrofísico soviético Nicolai Kardashev. No artigo, as civilizações de Kardashev eram classificadas em três níveis distintos. A primeira queimaria petróleo (nós); a segunda utilizaria energia estelar e, a terceira, demandaria a energia galáctica.

O físico britânico Freeman Dyson também compartilhou dessa classificação das Civilizações Cósmicas por níveis de energia. Tais civilizações, vivendo em planetas em torno de uma estrela, teriam tecnologia suficiente para obter energia estelar. Mas, Kardashev, concebeu tais classificações de um ponto de vista econômico, apoiado no Materialismo Histórico e Dialético de Marx, que postula uma evolução tecnológica e material das sociedades, de maneira dialética.

Referências:
BARCELOS, Eduardo Dorneles. Telegramas para Marte: a busca científica de vida e inteligência extraterrestres. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001 (Ciência e Cultura).

HEIDMANN, Jean. Inteligências Extraterrestres. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges; revisão técnica, Eduardo Dorneles Barcelos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1995. 216 p. (Ciência e Cultura).

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Maquina de Uriel - Christopher Knight e Robert Lomas

Dez anos atrás, saímos a campo em busca de respostas a respeito dos excêntricos rituais praticados pela Maçonaria. Achamos muitas respostas, várias das quais imaginávamos poder encontrar. Acreditamos que tivemos a oportunidade de entrever uma história da humanidade que ficou confusa e perdida no tempo - uma história que abrange um período de milhares de anos e inclui o maior desastre sofrido pelo planeta. O desenvolvimento humano não deve ser considerado como uma implacável curva ascendente ao longo da qual progredimos da ignorância para o conhecimento, pois deve haver muita coisa que esquecemos. Houve um tempo quando sacerdotes eram cientistas que compreendiam por que Deus criou o Universo e edificavam sua teologia baseada no conhecimento. Mas durante os últimos 2 mil anos, a religião tornou-se um invólucro vazio de mantras e superstições sem fundamento. Houve tempos em que os sacerdotes orientavam a humanidade na busca dos mistérios ocultos da natureza e da Ciência, mas hoje se apegam a uma remota relevância procurando ser os guardiões de uma moralidade social em um mundo de cons-tantes mudanças. Então, o que a nossa busca conseguiu?

Bem, chegamos a compreender que o desenvolvimento humano é muito mais antigo do que é geralmente aceito. Há evidência de uma economia produtora na Europa de 26 mil anos atrás, e é prova clara de que as estruturas megalíticas da Europa sejam anteriores às cidades da Suméria e do Egito. Além disso, a civilização não foi gerada por uma progressão constante, mas parece ter sido sujeita a reveses catastróficos. A evidência geológica mostra que a causa desses reveses foi a colisão de dois cometas com a Terra: a primeira no ano 7.640 a.C. e a segunda, em 3.150 a.C. A grande variedade de linguagens no mundo atual parece ter-se desenvolvido de um idioma global que possa ter existido há 15 mil anos. O Livro de Enoch, que havia sido perdido até o século XVIII, contém a história de um homem que fora avisado a respeito dos efeitos dos impactos cometários e instruído nas habilidades de sobrevivência por um grupo adiantado de pessoas, conhecido como os Guardiões. Os dados astronômicos de O Livro de Enoch revelam que ele foi escrito entre as latitudes 52° e 59° Norte, que é exatamente onde um grupo de pessoas astronômicamente adiantado, conhecido como o Povo da Cerâmica Canelada, viveu até o ano de 2.600 a.C. Um povo anterior havia sido dizimado pelo impacto do cometa de 7.640 a.C., mas os sobreviventes desenvolveram, então, a Astronomia como um meio de proteção. Eles construíram um complexo de templos cuidadosamente projetado para permitir que a luz de Vênus brilhasse nas câmaras escuras um pouco antes do nascer do Sol, ou logo após o pôr-do-sol, uma vez a cada oito anos. Parece que eles acreditavam que isso permitia à alma de uma pessoa falecida transferir-se para o corpo de uma criança recém-nascida (que, dessa forma, se tornava um "Filho da Luz"), e com esse objetivo praticavam rituais de fertilidade durante o equinócio de primavera, para que seus filhos nascessem no solstício de inverno.

Com a evolução de sua astronomia observacional, inventaram um sofisticado sistema de medição (a jarda megalítica) que se tornou padrão em seus domínios, e construíram centenas de enormes círculos de pedras que funcionavam como declinômetros de horizonte, proporcionando calendários precisos e sistemas de alarme cometários. A "arte" megalítica do Povo da Cerâmica Canelada, usada para decorar muitas de suas estruturas, era uma forma primitiva de escrita, e aprendemos a ler alguns de seus símbolos quando recriamos a máquina-calendário que Uriel descreveu a Enoch. Em algum momento antes do ano 3.150 a.C., o Povo da Cerâmica Canelada percebeu outro cometa em trajetória de colisão com a Terra e decidiu espalhar seu conhecimento de sobrevivência o máximo possível. Uma das pessoas que eles levaram do Oriente Médio para as Ilhas Britânicas a fim de aprender os segredos de sua astronomia foi Enoch. O Livro de Enoch descreve claramente visita a Newgrange com o seu Muro Branco de Cristal, centenas de anos antes da construção das pirâmides do Egito. É provável que os construtores sumerianos tenham sido uma ramificação desse Povo da Cerâmica Canelada e que outro subgrupo possa ter-se dirigido para a China. Vestígios das crenças desse Povo da Cerâmica Canelada sobreviveram em dois segmentos principais: nos ensinamentos do Judaísmo enochiano e nas lendas celtas dos druidas. Esses dois segmentos juntaram-se novamente por volta do ano 580 a.C., na época da queda do Templo de Salomão, quando uma princesa da linhagem de Davi foi levada para a Irlanda por motivos de segurança e estabeleceu a linhagem real dos altos reis de Tara, casando-se com um rei nativo. O Império Romano procurou, sem sucesso, destruir esses dois segmentos da crença enochiana durante o pri¬meiro século depois de Cristo. Logo que o Cristianismo jacobita apareceu no País de Gales e, mais tarde, na Irlanda e na Escócia, ele foi facilmente aceito. O que sobrara do Druidismo nativo foi prontamente absorvido pelo Cristianismo celta. Essa forma enochiana de Cristianismo sobreviveu até o século VI d.C., e pudemos rastreá-lo por meio dos ensinamentos dos primeiros santos celtas e dos poemas de Taliesin. Os sítios do Povo da Cerâmica Canelada sempre foram considerados sagrados e durante os últimos 3 mil anos foram objeto de disputas por parte das várias linhagens das casas reais da Bretanha e dos descendentes dos sacerdotes do Templo de Jerusalém. Por conseguinte, essa é a historia que conseguimos desvelar. Mas o que aconteceu com nossa busca?

No início deste livro, abordamos três perguntas fundamentais:
É fisicamente possível o mundo inteiro ter sido inundado? E se esse fosse o caso, que evidência existe na memória da raça humana de que esse terrível desastre ocorrera?
As tradições orais da Maçonaria alegam que existiu uma civilização adiantada antes da ocorrência do Dilúvio. Esses relatos são simples mitos ou registram a memória de um povo perdido?
É possível que tudo isso ajude a construir um novo paradigma da Pré-história?
Sim, o mundo foi quase totalmente destruído por uma inundação causada por um impacto de cometa há menos de 10 mil anos. Tais acontecimentos parecem ser freqüentes, com outro significativo impacto posterior, por volta do ano 3.150 a.C.
Sim, as tradições orais da Maçonaria registram reais acontecimentos e existiu um grupo adiantado de pessoas nas Ilhas Britânicas que teve grande influência no Oriente Médio e até na China.
Sim, há um novo paradigma da Pré-história a ser construído. Nós somente começamos a trazer um pouco de luz em uma nova maneira de explicar como chegamos ao mundo em que vivemos atualmente.


Entretanto, achamos que as respostas que pudemos proporcionar sejam menos importantes do que as muitas perguntas que levantamos. Durante muito tempo, o mundo parece ter estabelecido patentes informações incorretas sobre o passado, e todas as vezes que uma nova idéia introduzida contradiz velhos dogmas, é ignorada ou ridicularizada. Mas hoje há esperança porque líderes intelectuais aprenderam que a heterodoxia de hoje é a ortodoxia de amanhã. Encontramos a origem da jarda megalítica do professor Thom. Fizemos incursões na tentativa da compreensão da arte megalítica como forma de escrita e esperamos que o bom trabalho nessa área continue. Descobrimos o papel central de Vênus na Ciência e na Teologia do mundo antigo. Acima de tudo, esperamos ter desvelado o suficiente para convencer as pessoas de que os nossos distantes ancestrais merecem respeito. Por meio da ciência de Uriel e das tradições orais de Enoch, temos evidência dos terríveis desastres causados ao mundo quando pequenos blocos de gelo do espaço sideral colidem com nossos oceanos. A Arqueologia diz que a nossa espécie não mudou por cerca de 115 mil anos e, no entanto, aparentemente só desenvolvemos a civilização durante os últimos 10 mil anos, ou seja, a partir do Dilúvio. Então o que aconteceu durante os 105 mil anos antes da colisão com o cometa? É possível que nossos ancestrais estagnaram ou pode ter havido uma civilização tecnologicamente desenvolvida que foi varrida da face da Terra?
Sim, temos de concluir que seja totalmente possível que a nossa espécie tenha evoluído e regredido mais do que uma vez. Levamos pouco mais de cem anos para passar de navios de madeira para naves espaciais na Lua. Portanto, por que a humanidade não pôde ter alcançado um rápido desenvolvimento anteriormente? As inundações causadas por impactos de cometas são catastróficas além da imaginação. Os tsunamis que varreram a Terra teriam apagado toda e qualquer evidência de uma civilização precedente, tão certamente quanto castelos de areia destruídos na praia pela maré alta. Acima de tudo, devemos nos lembrar de que a grande mensagem de Uriel não diz respeito à história, mas ao futuro.

Pensem no impensável, diz Uriel - a Terra será atingida novamente. Podemos ter gozado de um feliz período com relativamente pequenos impactos durante um bom período de tempo. Mas que certeza temos de quanto tempo mais isso durará? Certamente, tivemos sorte durante muito tempo para não considerar o problema muito, mas muito seriamente. Se não investirmos na busca de uma tecnologia que proteja o nosso planeta, quem sabe também não nos tornaremos uma memória, com mínimos vestígios de nossa civilização, assim como ocorreu com o Povo da Cerâmica Canelada. Seremos uma tradição oral confusa de um antigo povo que podia voar como pássaros, que tinha construções que alcançavam o céu e que possuía o poder de comunicar-se com os quatro cantos do mundo. Dirão que esse povo existiu antes de as estrelas caírem na Terra e que Deus o castigou por suas maldades. Talvez os sobreviventes cresçam e ouçam o antigo eco antes que seja tarde demais. Mas também é possível que eles ignorem a mensagem do passado.
Olhe! A destruição está chegando, uma grande inundação que destruirá todos os seres vivos.
O Livro de Enoch