Inteligência Epistêmica

Inteligência Epistêmica
Convivendo na MATRIX...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Reformulação da Mentalidade das Novas Gerações. (vídeo: Alexander Retrov)

Alexandre Sperchi Wahbe
Palestrante, Empreendedor Social
Terapeuta Vibracional (Reiki - Cura Quântica - Radiestesia)
63 9209 7852 / 8415 1840 / 3554 1226
Membro do Conselho Mundial de Cidadania Planetária - WCPC
alexandrewahbe@hotmail.com


Prezado(a) Educador(a)

Pedimos sua atenção para um assunto de suma importância para o futuro de todos nós. O Conselho Nacional de Educação – CNE está promovendo um debate em nível nacional visando incluir a disciplina Direitos Humanos nos currículos escolares, do ensino básico e superior. Questionados a respeito da inclusão de Valores Humanos nesses debates as respostas que temos recebido informam que nas aulas de Filosofia, Sociologia, Ética, Cidadania e na própria disciplina Direitos Humanos, já são e serão contemplados os citados Valores. Entretanto, na leitura que nosso grupo (informal) de pedagogos, junto com profissionais de outras áreas, tem feito sobre essa questão, observam-se algumas diferenças pouco percebidas, mas importantíssimas, que nos remetem ao seguinte:
Quando se ensina algo, a recepção se dá em nível intelectual, ou seja, é uma informação que o receptor poderá, ou não, aplicar em seu cotidiano. No entanto, quando esse algo é repassado num formato não apenas intelectivo, mas também envolvendo sentimentos, emoções e imagens mentais (estas últimas, visualizadas mediante contos e narrativas) como ocorre nos aprendizados de Valores Humanos, acaba sendo internalizado e passa a fazer parte do caráter. Certamente esse é um processo lento, para médio e longo prazo, mas é essa formação do caráter a estrutura únicasobre a qual será possível construir-se uma sociedade moral e eticamente saudável.
Entendemos que o ensino de Filosofia, Sociologia, Ética, Cidadania, Direitos Humanos, etc., sem desconsiderar sua importância na formação humana, não abrange nem substitui os Valores Humanos, que são ensinamentos e vivências sobre honestidade, bom convívio, ética, responsabilidade, justiça, verdade, afetividade, olhar o outro com um olhar de acolhimento, de solidariedade, que são os fundamentos da não violência, lembrando ainda que esses aprendizados incluem também a admiração e o amor pela natureza e pela vida em todas as suas expressões. Portanto, é fácil concluir que, se quisermos ter no futuro uma sociedade “saudável”, o ensino de Valores Humanos deve ocorrer nas salas de aula como matéria específica e num formato próprio, assim como acontecia antigamente, quando os mais velhos os ensinavam às crianças e jovens. Só assim, com esses valores internalizados, e não como informações processadas pelo intelecto, poderemos contar com as transformações interiores tão necessárias em nossa sociedade.

Oportuno lembrar que o Programa Cinco Minutos de Valores Humanos para a Escola, de nossa responsabilidade, foi construído de forma a facilitar essa internalização dos valores, com utilização de contos e narrativas especialmente elaborados para cada situação. Com aulas de apenas cinco minutos de duração, que podem ser ministradas, por exemplo, no início de cada turno, as escolas não terão qualquer dificuldade para acrescentá-las ao seu calendário. Além disso, o Programa é inteiramente gratuito e já foi avaliado e adotado por várias secretarias de educação estaduais e municipais, e também recebe apoio do MEC: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/link.html?categoria=19. Recentemente elaboramos um “Passo-a-passo” com todas as orientações para a implantação desse Programa pelas escolas, incluindo um modelo de atividade para sensibilização e motivação dos professores que irão ministrá-lo. Todas as informações pertinentes, assim como download do material didático, se encontram em nosso site: www.cincominutos.org

Diante do exposto, pedimos que envide os esforços que estiverem a seu alcance para que o ensino de Valores Humanos venha a ser priorizado nas salas de aula do país, de forma que as novas gerações possam internalizá-los,porque só assim, mediante mudanças radicais na mentalidade vigente é possível pensar-se num futuro melhor e mais digno para nós e para nossos descendentes.

Atenciosamente,

Saara Nousiainen - Coordenadora do Projeto Sócio-Educativo Cinco Minutos de Valores Humanos para a Escola, disponibilizado gratuitamente desde 2008, em: www.cincominutos.org
caminhos2008@gmail.com
85 32496812
From: valoreshumanos@cincominutos.org

O blogueiro parabeniza as atividades do Alexandre e da Saara e convida os leitores a assistirem o vídeo abaixo, entrevista do Alexander que provoca uma reflexão em relação ao ensino e educação das futuras gerações.

sábado, 24 de setembro de 2011

Luc Ferry

Nasceu a 1jan1951 em Colombes no departamento de Hauts-de-Seine, França, é um filósofo e antigo professor de filosofia e político engajado em favor da União para um movimento popular (UMP). Ele casou-se em primeiras núpcias com Dominique Meunier, com quem teve uma filha, Gabrielle. Após o seu divórcio, ele contraído matrimônio com Marie-Caroline Becq de Fouquières e teve 2 outras crianças.

Foi Ministro da Educação Nacional, França, sob o governo de Jean-Pierre Raffarin de 2002 a 2004. Ele critica algumas tendências do ambientalismo no seu livro A Nova Ordem Ecológica. Na conferência, 9abr2005 na Sorbonne, com o tema "O que é filosofia? ". Ele a define como uma soteriologia, isto é, uma doutrina da salvação. É, portanto, um concorrente dos grandes religiões. A filosofia não é uma reflexão crítica. De acordo com Ferry, uma filosofia começou a ser completa quando ela se afasta de Deus. Quanto mais a filosofia for ateia, mais corresponde à definição de filosofia.
Formação e Carreira profissional
O ensino secundário no Liceu Saint Exupery Mantes, então em casa pelo Centro Nacional para Educação a Distância (CNED).
Graduação na Universidade de Paris-IV e da Universidade de Heidelberg.
Professor de Filosofia (1975-1982) (atribuído à Escola Normal de Arras de 1977 a 1979, em destacamento no CNRS como pesquisador associado de 1980 a 1982, professor na Universidade de Reims, em seguida, École Normale Supérieure, as Universidades de Paris X e de Paris I)
Doutor de Estado em Ciência Política (1981)
O professor (medida de agregação de Ciência Política 1982): Institut d'Etudes Politiques de Lyon (1982-1988)
Universidade de Caen (1989-1996)
Universidade de Paris VII (1996)
Ex-presidente do Currículo Nacional do Ministério da Educação Nacional
Ex-colunista para o evento de quinta-feira, o Expresso, em seguida, ao ponto bimestral desafios econômicos
Prospectivo comissão membro da Vivendi Universal
Membro do Conselho Econômico e Social como um membro do grupo de personalidades qualificadas membro da Secção de Relações Externas
Responsável, em Junho de 2006 pelo Presidente da UMP uma "missão de reflexão" sobre casamento gay e homossexuais, a missão que ele decida parar vários meses. Desde Julho de 2007, um membro da reflexão sobre a modernização e ao reequilíbrio das instituições estabelecidas pelo Presidente da República Nicolas Sarkozy. A partir de 7mai2002 a 31mar2004, Ministro da Juventude, Educação Nacional e da Investigação (Raffarin governo).

Obras
1984 - 1985, filosofia política, em 3 volumes, com o terceiro em colaboração com Alain Renaut.
1985, La Pensée 68. Ensaio sobre antihumanisme contemporânea, em colaboração com Alain Renaut.
1985, e sistema crítico, em colaboração.
1988, Heidegger e moderno conjunto.
1990, Homo aestheticus. A invenção do gosto na idade da democracia.
1991, Porque não somos Nietzschean?, Juntos.
1992, A Nova Ordem Ecológica, legendado "A árvore, animais e seres humanos", e preços Médici teste Jean-Jacques Rousseau.
1996, L'Homme-Dieu ou le sens de la vie4, Literary Award para os Direitos Humanos.
1998, A Sabedoria dos Modernos, em colaboração com André Comte-Sponville, preço-THOREL Ernest de l'Académie des Sciences Morales et Politiques.
1998, Le sens du beau.
1999, Filósofo e dezoito anos juntos.
2000, que é o homem?, Em colaboração com Jean-Didier Vincent.
2002, O que é uma vida bem sucedida?
2003, cartas a todos aqueles que amam a escola com Xavier Darcos e Claudie Haigneré.
2004, após o religioso religião com Marcel Gauchet.
2005, Como você pode ser um ministro? Ensaio sobre a governabilidade das democracias.
2006, Aprender a Viver: Tratado de filosofia para uso das jovens gerações. Prêmio Hoje.
2006, superar medos. Filosofia do amor da sabedoria, Éditions Odile Jacob.
2006, Aprender a viver. Cursos em 4 CDs de áudio, edições Frémeaux & Associates.
2007, Família, eu te amo: Política de Privacidade e na idade da globalização, X Editions.
2008, Kant. O trabalho filosófico explicou. Uma lição de 4 CDs de áudio, edições Frémeaux & Associates.
2008, Nietzsche. O trabalho filosófico explicou. Uma lição de 4 CDs de áudio, edições Frémeaux & Associates.
2009, a tentação do cristianismo com Lucien Jerphagnon
2009, Que futuro para a cristandade com Philippe Barbarin.
Bibliografia
1999, Les piètres penseurs, Dominique Lecourt, Flammarion, Paris.
2001, The Mediocracy. French Philosophy since 1968, Dominique Lecourt, Trans. Gregory Elliott, new ed. Verso, London, 2002.
2003, Luc Ferry ou le Rétablissement de l'ordre, Élisabeth Hardouin-Fugier, David Olivier, Estiva Reus, éd. tahin party
2006, Kant. A leitura dos três Critiques, Éditions Grasset.


Conferência: As transformações no mundo contemporâneo e os novos significados da educação. Data: 20/03/2007
Filósofo e ex-ministro da Educação da França, Luc Ferry é reconhecido mundialmente como defensor do Humanismo Secular. Já foi professor de Filosofia, além de fundador do Collège de Philosophie. Entre suas dezenas de obras, destaca-se "A nova ordem ecológica", "O homem-deus ou o sentido da vida" e "Aprender a viver". Em sua conferência no Fronteiras, Luc Ferry pensou a própria filosofia com base nos estoicos, apresentando seu caráter crítico e seu objetivo máximo de ajudar os homens a superarem seus medos e atingirem a boa vida. Para o conferencista, filosofia e religião se aproximam na ideia da salvação dos homens e da libertação dos medos que os impedem de ter uma "vida boa", livre e serena. Contudo, a fronteira é que ambas parecem não ser suficientes aos questionamentos e desafios do presente, marcado pelo individualismo e pelo desgaste dos valores humanistas.

Shânkara (vídeo: Taare Zameen Par - Toda criança é especial, 2007)

Viveu no período de (c. 788 – 820) foi um metafísico e monge errante indiano. Foi o principal formulador doutrinal do Advaita Vedânta, ou Vedânta não-dualista. Segundo a tradição, foi uma das almas mais excelsas que já encarnaram neste planeta, chegando a ser considerado uma encarnação de Shiva. Sua vida encontra-se envolta em mistérios, prodígios e lendas que a tornam semelhante à de outros insignes mestres espirituais da humanidade, como Jesus e Maomé. Outras grafias do seu nome são: Sankaracharya, Sancaracarya, Shankaracharya, Sankara, Adi Sankara, Adi Shankaracharya ou Adi Shankara, também chamado de Bhagavatpada Acharya (que significa "o Mestre aos pés do Senhor").

Escreveu profundos comentários sobre os Upanishades, o Bhagavad-Gita e outros livros da sabedoria hindu. Seus escritos fundamentaram as exposições doutrinais dos autores da Filosofia Perene na época contemporânea, como o francês René Guénon e o suíço-alemão Frithjof Schuon.
Não se sabe ao certo onde e quando nasceu. Alguns o fazem aparecer no século II a.C., já outros fazem a data avançar até mesmo ao século X d.C. Contudo, existe a tendência de situar seu nascimento em torno do século VIII da era Cristã. Igualmente o local de seu nascimento é objeto de disputas, sendo indicadas as povoações de Shringeri, Sasala-grama, Cidambara-pura, Kalati e por fim Kalpi.

Sivaguru e Aryamba, seus futuros pais, há muito desejavam um filho. Então, conforme a lenda, Shiva lhes apareceu em sonho, perguntando se desejavam um único filho, que seria o filósofo mais brilhante de sua geração mas morreria jovem, ou muitos rebentos, todos porém medíocres. Optando pela primeira alternativa, nasceu então Sankaracharya. A tradição oral relata a ocorrência de diversos prodígios na ocasião de seu nascimento, como o congraçamento de feras anteriormente hostis entre si, a emanação sobrenatural de fragrâncias por árvores e outras plantas, a audição de cantos celestiais e outros fenômenos que espelhariam a alegria da natureza e dos deuses com seu nascimento. Narra-se que com apenas um ano de vida teria aprendido o alfabeto sânscrito, aos dois já saberia ler e aos três teria estudado os Kavyas e os Puranas. Com sete anos suas luzes já eram tantas que deixou o professor e voltou para casa. Ainda na infância começou a operar milagres, curando a mãe e provocando a cheia de um rio. Na mesma época o sábio Agastya profetizou à mãe de Sankaracharya que seu filho não ultrapassaria os 32 anos de vida. Percebendo a fragilidade do mundo material, Sankaracharya decidiu assumir a vida de asceta errante. Encontrando a objeção materna, venceu a oposição com outro milagre. Tendo ido banhar-se em um rio, seu pé foi abocanhado por um crocodilo. Acorrendo a mãe ao local, foi-lhe dito que a fera não o soltaria se ela não concordasse com o propósito do jovem, e então ela cedeu.

Os escritos de Sankaracharya têm uma grande lucidez e profundidade, penetrante insight e grande habilidade analítica. Apesar disso, sua abordagem dos temas é mais religiosa e psicológica do que puramente lógica, o que o torna, na apreciação contemporânea, mais um grande reformador religioso do que um filósofo. Sua obra trai um grande conhecimento do saber Bramânico ortodoxo da época, bem como do Budismo Mahayana. Muitas vezes tem sido criticado como um Budista disfarçado, pela similitude de sua doutrina com aquela do Buda. Mesmo assim, combateu muitos pontos da doutrina Budista ou adaptou-os à sua interpretação advaíta do Vedanta. Na época de Sankaracharya o Hinduísmo havia degenerado sob a influência do Budismo e do Jainismo. Sankaracharya enfatizou a importância dos Vedas, reabilitando o Hinduísmo. Sua teologia sustenta que a ignorância espiritual (avidya) é causada pela visão de um eu onde não existe eu algum. Sankaracharya propôs que embora o universo dos fenômenos seja de fato experimentado, não obstante ele não é a verdadeira realidade. Não renega o universo, mas diz que a verdade derradeira é Brahman, que está além do tempo, do espaço e da cadeia de causação. Apesar de ser a causa eficiente do universo, Brahman não se encontra limitado por esta sua autoprojeção, transcendendo toda dualidade ou pares de opostos (donde o termo advaíta, ou não-dual). O indivíduo deve entender sua verdadeira natureza e ser, que não é a mudança e a mortalidade, mas sim a beatitude eterna. Para compreendermos o verdadeiro móvel de nossos atos e pensamentos devemos despertar para a unidade do ser. Já que a mente limitada do indivíduo não pode abarcar o Eu universal ilimitado, a mente individual deve ser transcendida para conseguirmos a união com a consciência universal. Sankaracharya denunciou o sistema de castas e os rituais como tolices, e ensinou que a verdade deve ser atingida pela meditação sobre o amor divino. Sua maior lição é que a razão e a filosofia abstrata não são suficientes para aquisição da liberdade (moksha), sendo imprescindível o altruísmo (a negação do eu pessoal) e o amor orientado pela discriminação (viveka). A acusação de influência Budista é negada com a refutação da negação do ser (shunyata) dos Budistas, acreditando que o Brahman não-manifesto se manifesta efetivamente como Ishvara, o ser excelso e perfeito que é adorado sob vários nomes.

A ontologia e epistemologia do Advaita Vedanta
O cristianismo pode ser considerado, em sua forma mais ortodoxa, uma espécie de dualismo, no qual o criador e sua criação possuem diferenças ontológicas insuperáveis. Deus é anterior ao mundo que ele criou e a criação é ato de sua vontade e não de uma necessidade lógica e inevitável de sua natureza divina. Identificar criador e criatura, como bem parece demonstrar as reações frente a obra de um pensador como Espinosa, seria rebaixar e confundir dois níveis ontológicos qualitativamente diferentes. De um ponto de vista estritamente filosófico, um dualismo desse tipo parece, a princípio, se adequar melhor ao senso comum quando comparado a um monismo, pois estabelece uma separação entre os entes cotidianos e o absoluto, o que preservaria as diferenças, individualidades e a pluralidade dos fenômenos tão evidentes e caros ao senso comum. Estes parecem ser esvaziados de conteúdo ontológico autêntico quando concebidos dentro de um monismo, seja do tipo defendido por Espinosa, que entende os objetos materiais e conceituais como atributos e modos de Deus, seja do idealismo absoluto hegeliano, que concebe o Absoluto como a atividade incessante do Espírito – seja na Natureza ou na consciência e história humana. Tal é a situação que a filosofia do Advaita, o não-dualismo, coloca diante do leitor: como conciliar Brahman; um absoluto tão universal, simples e total; com as coisas, as idéias e os "eus" individuais? Em outras palavras: como o Absoluto se relaciona com o relativo e o contingente? Por isso, entender a ontologia descrita por Shankara é compreender a natureza do Brahman. Deve-se ressaltar, logo de início, que Shankara não é um racionalista do tipo cartesiano que visa provar por meios puramente intelectuais a existência da divindade. São os Vedas as fontes privilegiadas para o conhecimento do Absoluto e todo e qualquer discurso acerca dele deve partir e voltar para os textos sagrados. O debate em termos estritamente racionais visa apenas armar aquele que já dispõe da verdade frente os adversários heréticos(GATHIER, 1996: 62).

A epistemologia do Advaita
A teoria do conhecimento é necessariamente articulado à ontologia da filosofia de Shankara. A necessidade de se explicar a relação entre Brahman e o mundo material gerou uma diferenciação quanto ao modo como podemos conhecer o Absoluto e não uma diferença na natureza dele mesmo. A separação entre Nirguna e Saguna advém de nossas capacidades cognitivas. O que leva a considerar tanto os aspectos empíricos como os aspectos metafísicos do conhecimento. De um ponto de vista puramente metafísico, o conhecimento é identificado com a Pura Consciência, que está além da relatividade do sujeito individual. Essa Consciência é a priori, anterior a qualquer forma de existência material, não podendo ser negada ou afirmada. A existência dos objetos é dada pela luz vinda dessa Consciência, sendo ela, portanto, a última realidade. Os objetos referem-se a ela, mas ela não se relaciona e nem depende destes objetos. Brahman Jnana (o conhecimento de Brahman) não pode ser adquirido via dados empíricos, mas tão somente quando se supera a avidya e se compreende a real natureza do Maya. (SATPRAKASHANANDA, 1965: 15-18).
O conhecimento empírico é relacional, pois muda conforme os objetos. Seria um saber preliminar, tomado pela ignorância. Brahman, por exemplo, é entendido como causa material do universo e diretamente relacionado com o universo em função desta influencia da adhyasa que sobrepõem o Brahman Absoluto ao mundo como um todo. Segundo Padmapada, fundador do Vivarana Advaita
"Superimposition (adhyasa) means the manifestation of the nature of something in another which is not of that nature. That manifestation, it is reasonable to hold, is false (mithya). The world “mithya” is of double signification – it is denotative of negation as well of inespressibility. Here is an expression of negation" (DEUTSCH 2004: 308).
O fundamento do ato de conhecer é o Eu: ele é auto-evidente, não necessitando de provas ulteriores, como já foi afirmado. É o fundamento, no sentido de início, do ato de conhecer, é ele que ilumina os objetos a serem desvelados, isto é, conhecidos. Na base de cada eu individual está a onipresente consciência pura de Brahman. Ele se manifesta nas criaturas e, em uma clara ligação entre epistemologia e ontologia, faz com que as criaturas se manifestam, pela iluminação gerada pelo conhecimento. Tal caráter revelador do conhecimento distancia o Advaita de filosofias da representação que tanto marcaram a filosofia ocidental durante os séculos XVI até o XIX. O ato que conhecer não é um acesso direto às representação mentais que fazemos dos objetos exteriores ao espírito e sim, segundo Shankara, é fazê-los presentes, desvelá-los. Tal epsitemologia distancia-se também de concepções construtivistas e interpretativas do conhecimento que se tornaram comuns no século XX.

Every child is special
Direção: Aamir Khan e Amole Gupte
Roteiro: Amole Gupte
Sinopse: Ishaan (Darsheel Safary) é um garoto de oito anos que não possui muitos amigos. Vive com sua família em um conjunto na Índia. Ishaan apresenta muitas dificuldades na escola, tendo sido reprovado no ano anterior. Já seu irmão é o melhor da classe, tendo sucesso nos esportes também. Após uma reunião com os professores de Ishaan, que informam aos pais que o menino não apresenta avanços na escola, eles decidem enviar o garoto a um colégio interno para que seja disciplinado e consiga êxito nos estudos. Após um período em que se torna cada vez mais triste e solitário, sofrendo severas punições dos prefessores, Ishaan conhece o professor Nikumbh (Aarmir Khan), que além do trabalho no colégio,leciona também em um colégio para crianças com necessidades educacionais especiais. É com o trabalho realizado pelo professor Nikumbh com os outros professores e com a família de Ishaan que o garoto começa a compreender o mundo da leitura e da escrita e vê sua infância tomar um rumo diferente.