Inteligência Epistêmica

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Convivendo na MATRIX...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Adão e Eva - a Teoria da Evolução (vídeo: O Desafio de Darwin)

Alguns teólogos tem procurado conciliar a história de Adão e Eva com a Teoria da Evolução. Teilhard de Chardin foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que logrou construir uma visão integradora entre ciência e teologia. Através de suas obras, legou-nos uma filosofia que reconcilia a ciência do mundo material com as forças sagradas do divino e sua teologia. Disposto a desfazer o mal entendido entre a ciência e a religião, conseguiu ser mal visto pelos representantes de ambas. Muitos colegas cientistas negaram o valor científico de sua obra, acusando-a de vir carregada de um misticismo e de uma linguagem estranha à ciência. Do lado da Igreja Católica, por sua vez, foi proibido de lecionar, de publicar suas obras teológicas e submetido a um quase exílio na China. Aparentemente, a Terra Moderna nasceu de um movimento anti-religioso. O Homem bastando-se a si mesmo. A Razão substituindo-se à Crença. Nossa geração e as duas precedentes quase só ouviram falar de conflito entre Fé e Ciência. A tal ponto que pôde parecer, a certa altura, que esta era decididamente chamada a tomar o lugar daquela. Ora, à medida que a tensão se prolonga, é visivelmente sob uma forma muito diferente de equilíbrio – não eliminação, nem dualidade, mas síntese – que parece haver de se resolver o conflito. O Padre Ariel Álvarez Valdez sustenta que trata-se de uma parábola composta por um catequista hebreu, a quem os estudiosos chamam de “yahvista”, escrita no século X AC, que não pretendia dar uma explicação científica sobre a origem do homem, mas sim fornecer uma interpretação religiosa, e elegeu esta narração na qual cada um dos detalhes tem uma mensagem religiosa, segundo a mentalidade daquela época. John F. Haught, filósofo americano criador do conceito de Teologia evolucionista, diz que "o retrato da vida proposto por Darwin constitui um convite para que ampliemos e aprofundemos nossa percepção do divino. A compreensão de Deus que muitos e muitas de nós adquirimos em nossa formação religiosa inicial não é grande o suficiente para incorporar a biologia e a cosmologia evolucionistas contemporâneas. Além disso, o benigno designer [projetista] divino da teologia natural tradicional não leva em consideração, como o próprio Darwin observou, os acidentes, a aleatoriedade e o patente desperdício presentes no processo da vida”, e que “Uma teologia da evolução, por outro lado, percebe todas as características perturbadoras contidas na explicação evolucionista da vida”, sobre as idéias de Richard Dawkins, Haught declara que: “A crítica da crença teísta feita por Dawkins se equipara, ponto por ponto, ao fundamentalismo que ele está tentando eliminar”. Ilia Delio, teóloga americana, sustenta que a teologia pode “tirar proveito” das aquisições de uma ciência que vê na “mutação” o núcleo essencial da matéria. Link para arquivos digitais com teorias e PROJETOS EVOLUTIVOS: http://www.4shared.com/office/5MeJ6Isd/Grafeno_Material_do_futuro.html Grafeno Material do futuro.pps [URL=http://www.4shared.com/office/5MeJ6Isd/Grafeno_Material_do_futuro.html]Grafeno Material do futuro.pps[/URL] http://www.4shared.com/office/NdRVpLLO/Proyecto_Matriz_-_Pedro_Pozas_.html Proyecto Matriz - Pedro Pozas Terrados.pps [URL=http://www.4shared.com/office/NdRVpLLO/Proyecto_Matriz_-_Pedro_Pozas_.html]Proyecto Matriz - Pedro Pozas Terrados.pps[/URL] O Rabino Nilton Bonder sustenta que: "a Bíblia não tem pretensões de ser um manual eterno da ciência, e sim da consciência. Sua grande revelação não é como funciona o Universo e a realidade, mas como se dá a interação entre criatura e Criador". Em 1858, a vida de Darwin parecia esta se desmoronando. Sua revolucionaria teoria da evolução é contestada, enquanto seus filhos estão doentes. Com a sua carreira ameaçada e sua vida pessoal em crise, é sua esposa Emma, uma pianista clássica que estudou com Chopin, que o ajuda a perceber que o que ele chamou de mistério da vida é afinal o mistério e a verdade escondida dentre milhares de anos.

A HISTÓRIA SECRETA DA RAÇA HUMANA - Michael A. Cremo e Richard L. Thompson

Em 1979, pesquisadores em Laetoli, Tanzania, em um sítio da África Oriental descobriram pegadas em depósitos de cinza vulcânica com idade superior a 3,6 milhões de anos. Mary Leakey e outros disseram que as pegadas eram indistinguíveis das humanas atuais. Para estes cientistas, isso apenas significa que os ancestrais do homem de 3,6 milhões de anos atrás tinham pés incrivelmente modernos. Mas, de acordo com outros cientistas, como o antropólogo físico R.H. Tuttle da Universidade de Chicago, ossos fósseis dos australopithecos conhecidos de 3,6 milhões de anos atrás demonstram que eles tinham pés que eram claramente próximos dos pés de um macaco. Assim, são incompatíveis com as pegadas de Laetoli. Em um artigo da edição de março de 1990 da revista ‘Natural History’, Tuttle confessou que “estamos frente a um mistério”. Parece admissível, portanto, considerar a possibilidade que nem Tuttle nem Leakey mencionaram – que criaturas com corpos humanos anatomicamente modernos, que combinassem com seus pés humanos anatomicamente modernos, existiram há 3,6 milhões de anos atrás na África Oriental. Talvez, como sugerido na ilustração da página oposta, eles coexistiram com criaturas simiescas. Intrigante como possa parecer essa possibilidade arqueológica, as idéias atuais sobre a evolução humana a proíbem. Pessoas sensatas irão alertar para a consideração da existência de humanos anatomicamente modernos há milhões de anos com base, simplesmente, nas pegadas de Laetoli. Mas há mais evidências. Durante as últimas décadas, cientistas na África descobriram ossos fósseis que parecem consideravelmente humanos. Em 1965, Bryan Patterson e W. W. Howells acharam um úmero (osso do braço) surpreendentemente moderno em Kanapoi, Kenya. Os cientistas avaliaram sua idade em 4 milhões de anos. Henry M. McHenry e Robert S. Corruccini, da Universidade da Califórnia, disseram que o úmero de Kanapoi era “dificilmente distingüível do osso de um Homo sapiens atual”. Similarmente, Richard Leakey disse que o fêmur ER 1481 do Lago Tukana, Kenya, achado em 1972, era indistingüível do de um humano moderno. Os cientistas normalmente associam o fêmur ER 1481, que tem cerca de 2 milhões de anos, ao pré-humano Homo habilis. Mas, desde que o ER 1481 foi achado isoladamente, não se pode descartar a possibilidade de que o resto do esqueleto fosse, também, anatomicamente moderno. De forma interessante, em 1913 o cientista alemão Hans Reck descobriu, em Olduvai Gorge, Tanzania, um esqueleto humano completo, anatomicamente moderno, em um estrato de mais de um milhão de anos, gerando décadas de controvérsias. Aqui, novamente, alguns nos alertarão para que não exagerarmos o valor de alguns poucos e controversos exemplos em contraste com a grande quantidade de evidências não controversas demonstrando que os humanos atuais evoluíram de criaturas simiescas bastante recentemente – por volta de 100 mil anos para cá, na África, e na visão de alguns, em outras partes do mundo também. Mas acontece que não esgotamos nossas fontes com as pegadas de Laetoli, o úmero de Kanapoi e o fêmur ER 1481. Pelos últimos oito anos, Richard Thompson e eu, com a assistência de nosso pesquisador Stephen Bernath, acumulamos um extenso corpo de evidências que desafia as teorias atuais sobre a evolução humana. Algumas dessas evidências, como as pegadas de Laetoli, são bem recentes. Mas boa parte delas foi registrada por cientistas no século dezenove e começo do século vinte. E, como você pode ver, nossa discussão sobre essas evidências podem constituir um livro muito grande. Sem mesmo olhar para esse antigo conjunto de evidências, alguns assumirão que deve haver algo errado com ele – que foi convenientemente descartado há muito pelos cientistas, por razões muito boas. Richard e eu checamos bem essa possibilidade. Concluímos, no entanto, que a qualidade dessas evidências controversas não é melhor ou pior que as supostamente não controversas, usualmente citadas em favor das atuais teorias sobre a evolução humana. Mas “Arqueologia Proibida” é mais do que um bem documentado catálogo de fatos não usuais. É, também, uma crítica sociológica, filosófica e histórica ao método científico, da forma como é aplicado à questão das origens da humanidade. Não somos sociólogos, mas nossa abordagem é similar à praticada pelos adeptos da sociologia do conhecimento científico (SSK), como Steve Woolgar, Trevor Pinch, Michael Mulkay, Harry Collins, Bruno Latour, and Michael Lynch. Cada um desses estudiosos tem uma perspectiva única da SSK, mas todos provavelmente concordariam com o seguinte enunciado programático. As conclusões dos cientistas não correspondem de forma idêntica aos estados e processos de uma realidade objetiva natural. Ao invés, tais conclusões refletem os reais processos sociais dos cientistas, mais do que o que acontece na natureza / meio ambiente. A abordagem crítica que fazemos em “Arqueologia Proibida” também assemelha-se à usada pelos filósofos da ciência, como Paul Feyerabend, que afirma que a ciência alcançou uma posição por demais privilegiada no campo intelectual, e por historiadores da ciência, como J. S. Rudwick, que explorou em detalhes a natureza da controvérsia científica. Como Rudwick, em “A Grande Controvérsia Devoniana”, usamos a narrativa para apresentarmos nosso material, que engloba não uma mas muitas controvérsias – controvérsias há muito resolvidas, não resolvidas ainda e em formação. Para isso foram feitas muitas citações de fontes primárias e secundárias, e fornecidas descrições detalhadas das reviravoltas dos complexos debates paleoantropológicos. Para os que trabalham com disciplinas relacionadas com as origens da humanidade e antigüidade, “Arqueologia Proibida” provê um bem documentado compêndio de relatórios livres das muitas referências atuais, não facilmente conseguido de outra forma. Um dos últimos autores a discutir o tipo de relatório achado em “Arqueologia Proibida” foi Marcellin Boule. Em seu livro “Fossil Men” (1957), Boule traz uma conclusão decididamente negativa. Mas, ao examinar os relatórios originais, percebemos que o ceticismo de Boule não é justificado. Em “Arqueologia Proibida”, fornecemos material oriundo de fontes primárias que irão permitir aos leitores atuais formarem suas próprias opiniões sobre as evidências que Boule desacreditou. Também introduzimos vários casos que Boule deixou de mencionar. Das evidências que colhemos, concluímos, algumas vezes em linguagem desprovida do experimentalismo ritual, que as hipóteses atualmente dominantes sobre as origens do homem necessitam de uma drástica revisão. Também concluímos que um processo de filtragem de conhecimentos deixou os estudiosos com uma coleção de fatos radicalmente prejudicada e incompleta. Antecipamos que muitos estudiosos acharão em “Arqueologia Proibida” um convite a discursos produtivos sobre (1) a natureza e tratamento das evidências no campo das origens do homem e (2) as conclusões que podem ser mais logicamente alcançadas a partir de tais evidências. No primeiro capítulo da Parte I, pesquisamos a história e o atual estado em que se encontram as idéias sobre a evolução do homem. Também discutimos alguns dos princípios epistemológicos que usamos em nosso estudo nesse campo. Principalmente, estamos interessados em duplo padrão no tratamento das evidências. Identificamos dois principais corpos de evidências. O primeiro é um conjunto controverso (A), que demonstra a existência de humanos anatomicamente modernos no ‘não muito confortável’ passado distante. O segundo é um conjunto de evidências (B) que pode ser interpretado como comportando as atuais visões dominantes de que o homem evoluiu bem recentemente, de 100 mil anos para cá, na África, e talvez em outros lugares. Também identificamos padrões empregados na avaliação das evidências paleoantropológicas. Depois de um estudo detalhado, descobrimos que se estes padrões forem aplicados igualmente para A e B, então devemos aceitar a ambos ou rejeitar a ambos. Se aceitarmos tanto A quanto B, então temos evidências colocando humanos anatomicamente modernos vivendo há milhões de anos atrás, coexistindo com humanóides simiescos. Se rejeitarmos a ambos, eliminamos a possibilidade de usarmos a base fática disponível para formularmos qualquer hipótese sobre as origens do homem e a antiguidade. Historicamente, um significativo número de cientistas profissionais já aceitou as evidências do grupo A. Mas um grupo mais influente, que aplicou padrões mais rígidos a A do que a B, estabeleceu a rejeição de A e a preservação de B como dominante. Esse uso de padrões diferenciados para a aceitação ou rejeição de evidências constitui um filtro de conhecimentos que obscurece a verdade sobre a evolução humana. No corpo da Parte I (Capítulos 2-6), checamos a vasta quantidade de evidências controversas que contradiz as idéias correntes sobre a evolução do homem. Narramos em detalhes como elas foram sistematicamente suprimidas, ignoradas ou esquecidas, mesmo sendo qualitativamente (e quantitativamente) equivalentes às atualmente aceitas. Quando falamos em supressão de evidências, não nos referimos a cientistas conspiradores levando a cabo um plano satânico para enganar o público. Ao contrário, falamos sobre a existência de um processo sociológico de filtragem de conhecimento que aparenta ser bem inócuo mas que tem, em verdade, um substancial efeito cumulativo. Certas categorias de evidências simplesmente desapareceram, em nossa opinião injustificadamente. O Capítulo 2 trata de ossos anormalmente antigos e conchas que exibem marcas e sinais de ruptura intencional. Até hoje, cientistas consideram tais ossos e conchas como uma importante categoria de evidências, e muitos sítios arqueológicos foram estabelecidos com base apenas nesse tipo de achado. Nas décadas posteriores à apresentação da teoria de Darwin, numerosos cientistas descobriram ossos animais quebrados ou com incisões, e conchas sugerindo que humanos que usavam ferramentas ou precursores dos humanos existiram no Pliosceno (2-5 milhões de anos atrás), no Miosceno (5-25 milhões de anos atrás), e até antes. Ao analisar os ossos e conchas, os descobridores cuidadosamente consideraram e estabeleceram explicações alternativas – como a ação de animais ou pressão geológica – antes de concluir que os humanos eram os responsáveis. Em alguns casos, ferramentas de pedra foram achadas juntamente com os ossos e conchas. Um exemplo particularmente impressionante nesta categoria é um concha exibindo uma rude, porém reconhecível, face humana esculpida em sua superfície externa. Registrada pelo ologista H. Stopes à Associação Britânica para o Avanço da Ciência em 1881, essa concha, de uma formação rochosa do Pliosceno, na Inglaterra, tem mais de 2 milhões de anos. De acordo com os padrões aceitos, humanos capazes de tal nível de artifício não chegaram à Europa antes de 30 ou 40 mil anos atrás. Além disso, eles nem mesmo surgiram em seu berço, a África, antes de 100.000 anos atrás. Em relação às evidências do tipo reportado por Stopes, Armand de Quatrefages escreveu em seu livro “Hommes Fossiles et Hommes Sauvages” (1884): “As objeções feitas à existência do homem no Pliosceno e Miosceno parecem ser habitualmente mais relacionadas a considerações teóricas do que à observação direta”. As mais rudimentares ferramentas de pedra, as eoliths (as pedras da aurora) são o assunto do Capítulo 3. Esses instrumentos achados em contextos geológicos inesperadamente antigos, inspiraram prolongados debates no final do século dezenove e começo do século vinte. Para alguns, as eoliths não eram sempre facilmente reconhecíveis como ferramentas. As eoliths não tinham forma simétrica. Ao contrário, a borda de uma lasca de pedra natural era quebrada para fazê-la servir para uma determinada tarefa, como raspar, cortar ou talhar. Freqüentemente a ponta ostentava sinais do uso. Os críticos disseram que as eoliths resultaram de eventos naturais, como o rolar no fundo de rios. Mas os defensores da outra tese ofereceram contra-argumentos convincentes no sentido de que as forças naturais não poderiam causar o gasto similar ao conseguido na pedra lascada – unidirecional em apenas um lado da pedra. No final do século dezenove, Benjamin Harrison, um arqueologista amador, descobriu eoliths no Platô de Kent, no sudeste da Inglaterra. Evidências geológicas sugerem que as eoliths foram produzidas em meados ou no final do Ploisceno, por volta de 2 a 4 milhões de anos atrás. Entre os que apoiavam a tese decorrente da descoberta de Harrison estavam Alfred Russell Wallace, co-fundador com Darwin da teoria da evolução pela seleção natural; Sir John Prestwich, um dos mais eminentes geologistas ingleses; e Ray E. Lankester, um diretor do Museu Britânico (História Natural). Embora Harrison tenha descoberto a maior parte de suas eoliths em depósitos superficiais de cascalho do Pliosceno, ele também descobriu muitas em níveis mais abaixo, durante uma escavação financiada e dirigida pela Associação Britânica para o Avanço da Ciência. Além das eoliths, Harrison achou, em vários lugares no Platô de Kent, ferramentas de pedra mais avançadas (paleoliths) de antigüidade plioscênica similar. No começo do século vinte, J. Reid Moir, um membro do Instituto Real de Antropologia e presidente da Sociedade de Pré-História da Anglia Oriental, descobriu eoliths (e ferramentas de pedra mais avançadas) na formação inglesa de Red Crag. As ferramentas tinham por volta de 2 a 2,5 milhões de anos. Algumas das ferramentas de Moir foram achadas nos leitos de detritos de Red Crag e poderiam ter entre 2,5 e 5,5 milhões de anos. Os achados de Moir ganharam o apoio de um dos maiores críticos das eoliths, Henri Breuil, então considerado como uma das mais proeminentes autoridades em ferramentas de pedra antigas. Outro patrocinador foi o paleontologista Henry Fairfield Osborn, do Museu Americano de História Natural de Nova Iorque. E, em 1923, uma comissão internacional de cientistas viajou até a Inglaterra para investigar as principais descobertas de Moir e as consideraram genuínas. Mas, em 1939, A. S. Barnes publicou um artigo de muita influência, no qual analisava as eoliths descobertas por Moir e outras em termos do ângulo de quebra observado. Barnes afirmava que seu método podia distinguir entre o processo de lascar feito por humanos do produzido por forças naturais. Desde então, os cientistas têm usado o método de Barnes para negar a manufatura por homens de outras ferramentas de pedra. Mas, em anos recentes, autoridades em ferramentas de pedra, como George F. Carter, Leland W. Patterson e A. L. Bryan têm contestado a metodologia de Barnes e sua aplicação. Isso sugere a necessidade de reexame das eoliths européias. Significativamente, ferramentas de pedra muito antigas, da África, como aquelas dos níveis mais baixos de Olduvai Gorge, aparentam serem idênticas às eoliths européias rejeitadas. Ainda assim, são aceitas pela comunidade científica sem questionamentos. Isso se dá, provavelmente, porque elas se encaixam e ajudam a apoiar a teoria da evolução do homem atualmente aceita. Mas outras manufaturas eolíticas de antigüidade inesperada continuam a encontrar forte oposição. Por exemplo, na década de 1950, Louis Leakey descobriu ferramentas de pedra de mais de 200 mil anos em Calico, nos sul da Califórnia. De acordo com a visão padrão, os humanos não penetraram nas regiões subárticas do Novo Mundo antes de aproximadamente 12 mil anos atrás. Os cientistas acabaram por responder à descoberta de Calico, previsivelmente, afirmando que, ou eram produto das forças naturais, ou não tinham realmente 200 mil anos. Mas há razões suficientes para se concluir que as descobertas de Calico são artefatos de produção genuinamente humana. Embora a maior parte das ferramentas fossem rudes, algumas, inclusive uma em forma de bico, eram mais avançadas. No Capítulo 4, discutimos uma categoria de implementos que chamamos de paleoliths rudes. No caso das eoliths, a parte lascada localiza-se perfeitamente na borda trabalhada de um pedaço de pedra naturalmente quebrada. Mas os fabricantes dos paleoliths rudes deliberadamente golpearam as rochas, lascando, então, os pedaços até alcançar formas reconhecíveis como ferramentas. Em alguns casos, rochas inteiras foram lascadas até formarem ferramentas. Como vimos, as paleoliths brutas são encontradas juntamente com as eoliths. Mas, nos sítios discutidos no Capítulo 4, as paleoliths são dominantes no conjunto. Na categoria das paleoliths brutas, incluímos ferramentas do Miosceno (5 a 25 milhões de anos) achadas no final do século dezenove por Carlos Ribeiro, chefe do Instituto de Pesquisa Geológica de Portugal. Em uma conferência internacional de arqueologistas e antropologistas, em Portugal, um comitê de cientistas investigou um dos sítios onde Ribeiro havia achado as ferramentas. Um dos cientistas achou um peça de pedra mais avançada que os melhores espécimes de Ribeiro. Comparável às peças aceitas como do final do Pleistoceno, do tipo Mousterian, estava firmemente encravada em conglomerado do Miosceno, em circunstâncias tais que confirmavam sua antigüidade mioscênica. Paleoliths brutas também foram achadas em formações mioscênicas em Thenay, França. S. Laing, um escritor de ciências inglês, escreveu: “Em seu conjunto, a evidência desses implementos do Miosceno parece ser bastante conclusiva, e as objeções parecem não se situarem de outra forma a não ser como simples relutância em admitir a grande antigüidade do homem”. O texto prossegue enumerando evidências da manipulação, por parte do establishment, das convicções dos homens acerca de sua própria história. Alexander Zimmer Matéria Forbidden Archeology traduzida por Leandro com trechos compilados do livro A História Secreta da Raça Humana, para o site Mistérios Antigos – Os antigos habitantes da Terra. Esta sabedoria proibida está sendo protegida e escondida de todos nós. A visão popular atual da presença humana no passado distante é uma fachada falsa. A verdadeira realidade está lá fora, mostrando prova de povos e tecnologia avançada milhões de anos antes do que é declarado sobre a evolução da humanidade no planeta. Por que o estabelecimento científico e o governo suprimiram e ignoraram estas notáveis descobertas? De onde eles vieram? Como chegaram aqui? Ao estudar a sabedoria proibida nestas páginas, uma verdade completamente nova irá emergir e se tornar evidente para você… a verdade que a terra foi visitada ou habitada por humanos modernos usando tecnologia avançada muito tempo antes do que os livros de história nos dizem hoje. A tabela ao lado apresenta a visão científica aceita da evolução neste planeta. Ela mostra os seres humanos aparecendo na terra cerca de 1.6 milhões de anos atrás, e a civilização humana tendo surgido há apenas 10 mil anos atrás. No entanto, usando métodos científicos convencionais, várias descobertas demonstram de maneira conclusiva a prova da presença ou visita de humanos modernos no passado da terra, muito antes do que esta linha cronológica indica ser possível. A prova é chocante! Ao aprofundar ainda mais no passado através das diferentes eras, você verá que as evidências continuam a aflorar… A Era Cenozóica É a última das quatro maiores eras do período geológico, iniciando cerca de 65 milhões de anos atrás, e se estendendo até o presente. Ela sucede o período Cretáceo da era Mesozóica, e é subdividida entre o período Terciário e o período Quaternário. As características dos tempos Terciários são estabelecidas em artigos sob os nomes dos vários períodos (épocas) mais curtos que compõem este período; do mais antigo ao mais recente eles são respectivamente: Paleoceno, Eoceno, Oligoceno, Mioceno, e Plioceno. A visão científica aceita da evolução na Era Cenozóica mostra os seres humanos aparecendo na Terra cerca de 1.6 milhões de anos atrás, e a civilização humana há apenas 10 mil anos atrás. No entanto, as descobertas científicas apresentadas abaixo mostram uma história bem diferente e chocante. Descobertas do período Pleistoceno Esta versão de um objeto semelhante a uma moeda, de uma perfuração de poço próxima a Lawn Ridge, Illinois, foi encontrada numa profundidade de 37 mts abaixo da superfície. De acordo com informações fornecidas pelo Serviço de Inspeção Geológica do Estado de llinois, os sedimentos nos quais a moeda estava contida possuem entre 200 mil e 400 mil anos de idade… quem deixou esta moeda centenas de milhares de anos antes do homem civilizado evoluir? Em 1913, o Professor Hans Reck, da Universidade de Berlim, conduziu investigações em Olduvai Gorge (Garganta de Olduvai), na Tanzânia, Leste da África, na época, pertencente à Alemanha. Durante sua estadia em Olduvai Gorge, Reck encontrou um esqueleto humano anatomicamente moderno que permanece uma fonte de mistério e controvérsia até hoje. Este crânio moderno é de um esqueleto humano completo encontrado naquele ano. Os restos do esqueleto humano, incluindo o crânio inteiro, estavam incrustados na rocha, e tiveram que ser removidos com martelos e talhadeiras. Ele foi encontrado na parte superior de uma formação rochosa com datação superior a 1 milhão de anos de idade. Como este humano moderno veio parar 1,000,000 de anos no passado? A Vênus de Willendorf, da Europa, datada em 30 mil anos de idade. Quem criou ou deixou este artefato quase 20 mil anos antes da civilização humana aparecer? Em 1896, trabalhadores escavando uma doca seca em Buenos Aires encontraram um crânio humano moderno. O estrato Pré-Ensenadeano no qual o crânio de Buenos Aires foi encontrado é de no mínimo 1.0 – 1.5 milhões de anos de idade. Mesmo a 1 milhão de anos, a presença de um crânio humano inteiramente moderno em qualquer parte do mundo é altamente anômala. Por que, e como este humano moderno chegou em Buenos Aires, mais de 1 milhão de anos à frente de seu tempo? Descobertas do período Plioceno Uma pequena imagem humana moldada habilidosamente em barro foi encontrada em 1889, em Nampa, Idaho. A estatueta provinha do nível de 98 mts de profundidade, numa área de escavação de poços datada da idade do Plio-Pleistoceno, cerca de 2 milhões de anos de idade. G. F. Wright comentou, “A imagem em questão é feita do mesmo material que as bolas de argila mencionadas, tendo cerca de 4 centímetros de comprimento; e é extraordinária pela perfeição com a qual representa a forma humana… Tratava-se de uma figura feminina, e tinha as feições naturais nas partes com acabamento que seriam motivo de honra para os centros clássicos de arte”. “Ao mostrar o objeto ao professor F. W. Putnam”, Wright escreveu, “ele imediatamente voltou a atenção para o caráter das incrustações de ferro sobre a superfície como sendo indicativo de uma relíquia de antiguidade considerável. Havia manchas de óxido de ferro vermelho anídrico em áreas protegidas sobre o objeto, as quais não poderiam ter se formado em algum objeto fraudulento.” Os humanos ainda não haviam evoluído neste planeta dois milhões de anos atrás. Portanto, quem criou ou deixou este artefato no passado distante da Terra? Em fins do verão de 1860, o professor Giuseppe Ragazzoni, geólogo do Instituto Técnico de Bréscia, viajou para Castenedolo, cerca de 10 quilômetros a sudeste de Bréscia, para recolher conchas fósseis nos estratos do Plioceno, expostos numa vala na base de uma colina baixa, o Colle de Vento. Aqui ele descobriu este notável crânio humano anatomicamente moderno. A camada onde ele foi encontrado foi estabelecida como sendo do período Astiano do Plioceno. De acordo com autoridades modernas, o Astiano pertence ao Plioceno Médio, o que daria ao crânio uma idade de 3 – 4 milhões de anos. Por que, e como este humano moderno visitou a Itália quase dois milhões de anos antes dos seres humanos caminharem no planeta? Em 1881, num relato transmitido à Associação Britânica para o Avanço da Ciência, H. Stopes (Membro da Sociedade Geológica) descreveu uma concha cuja superfície trazia o entalhe de um rosto tosco, mas inconfundivelmente humano. A concha entalhada foi encontrada nos depósitos estratificados de Red Crag, parte de Walton Crag, cuja datação indica ser do fim do Plioceno, entre 2 e 2,5 milhões de anos de idade. Esta descoberta colocaria seres inteligentes na Inglaterra cerca de 2.0 milhões de anos, e talvez até 2.5 milhões de anos atrás. Deve-se ter em mente que segundo a opinião paleantropológica convencional, não se deveria encontrar tais artefatos até a época do homem de Cro-Magnon inteiramente moderno, no Plioceno Superior, cerca de 30 mil anos atrás. Que visitante do passado da Terra entalhou e deixou esta concha? Descobertas do período Eoceno Na edição de abril de 1862 da The Geologist, constava uma tradução para o inglês de um intrigante relato de Maximilien Melleville, vice-presidente da Sociedade Acadêmica de Laon, França. Esta bola de giz foi descoberta num estrato de linhita do Eoceno Inferior. Com base em sua posição estatigráfica, se pode lhe atribuir uma data remontando entre 45 – 55 milhões de anos atrás. Para Melleville, não havia possibilidade da bola ser um forjamento: Ela é de fato permeada em mais de quatro quintos de sua altura por uma cor betuminosa escura, que se funde em direção ao topo num círculo amarelo, o que decerto se deve ao contato com a linhita na qual estivera tanto tempo imersa. A parte superior que estava em contato com o lençol de conchas, pelo contrário, preservou sua cor natural — o branco opaco do giz [...] Quanto à rocha em que foi encontrada, posso afirmar ser ela perfeitamente virgem, sem apresentar vestígios de qualquer exploração antiga. Extraordinário quanto possa parecer àqueles afeiçoados à visão evolutiva padrão, a evidência associada a esta descoberta sugere que, se humanos fizeram esta bola, eles deviam estar na França 45 – 55 milhões de anos atrás. Quem fez e deixou este artefato, criado pelo homem, em nosso passado longínquo anterior à evolução humana… anterior até mesmo aos mamíferos herbívoros e carnívoros caminharem pelo planeta? Em 1877, o Sr. J. H. Neale era superintendente da Montezuma Tunnel Company, e supervisionava o túnel Montezuma, que dava no cascalho subjacente à lava de Table Mountain, no condado de Tuolumne. A uma distância entre 460 e 490 mts da boca do túnel, ou entre 65 e 98 mts além da margem da lava sólida, o Sr. Neale viu diversas pontas de lança de uma espécie de rocha escura, e com cerca de 30 cms de comprimento. Continuando com a exploração, ele próprio encontrou um pequeno gral de 8 ou 10 cms de diâmetro e de formato irregular. Isso foi descoberto a uma distância de 30 ou 60 cms das pontas de lança. Em seguida, ele encontrou uma grande e bem delineada mão de almofariz e próxima de um gral grande e bem regular. Todas estas relíquias foram encontradas na mesma tarde, próxima ao leito de rocha a uma distância de 70 cms umas das outras. O Sr. Neale declara ser totalmente impossível que estas relíquias possam ter chegado à posição em que foram encontradas de outro modo, excetuando-se à época em que o cascalho sedimentou-se e antes da formação do lençol de lava. Não havia o menor vestígio de qualquer perturbação da massa ou de qualquer fissura natural nela cujo acesso pudesse ter sido obtido ou por ali, ou pela vizinhança. A posição dos artefatos no cascalho próximo ao leito de rocha em Tuolumne, Table Mountain, indica que eles tinham de 33 a 55 milhões de anos de idade. Mamíferos herbívoros e carnívoros ainda não tinham nem evoluído no planeta nessa época. Então, quem trouxe e deixaram estes artefatos na Califórnia quase 50 milhões de anos atrás? Esta pedra de estilingue é da camada inferior de detritos de Red Crag, em Bramford, Inglaterra. No mínimo, da idade do Plioceno, a pedra tem ao menos 5 milhões, e possivelmente até 50 milhões de anos de idade. Sob a análise era óbvio que a pedra havia sido esculpida pela mão do homem. A superfície inteira foi raspada com uma pederneira, de tal modo que ela foi coberta por uma série de facetas que correm de maneira bem regular de ponta a ponta. A raspagem descrita acima cobre a superfície inteira do objeto e penetra nas suas irregularidades. Permanece que o objeto é inteiramente artificial no entanto, deixado numa época milhões de anos antes dos humanos sequer terem evoluído na Terra. A Era Mesozóica Ao voltarmos no tempo, entramos num período da Era Mesozóica que começou com o surgimento dos primeiros dinossauros na terra, e terminando com o desenvolvimento das plantas com flores. Os humanos não apareceriam por pelo menos outros 136 milhões de anos. No entanto, as descobertas científicas apresentadas abaixo sugerem que civilizações estavam visitando o passado da Terra e caminhando numa época em que os dinossauros andavam pelo planeta. Descobertas do período Cretáceo Y. Druet e H. Salfati anunciaram em 1968 a descoberta de tubos metálicos semi-ovóides, de formatos idênticos, mas tamanhos diferentes, no calcário Cretáceo. O leito calcário, exposto numa escavação em Saint-Jean de Livet, na França, é avaliado como tendo pelo menos 65 milhões de anos de idade. Tendo considerado e eliminado várias hipóteses, Druet e Salfati concluíram que seres inteligentes viveram 65 milhões de anos atrás. Quem trouxe e deixou estes tubos metálicos na França mais de 65 milhões de anos antes do aparecimento do primeiro ser humano? Descobertas do período Triássico Em 8out1922, o caderno American Weekly do jornal New York Sunday American publicou um artigo de destaque intitulado “Mistério da ‘sola de sapato’ petrificada”, pelo Dr. W. H. Ballou. Ballou escreveu: Algum tempo atrás, enquanto explorava fósseis em Nevada, John T. Reid, destacado engenheiro de minas e geólogo, parou de repente e olhou para baixo em total perplexidade e espanto para uma rocha perto de seus pés. Pois ali, numa parte da própria rocha, estava o que parecia ser uma pegada humana! Uma inspeção mais rigorosa mostrou que aquela não era a marca de um pé nu, mas que era, aparentemente, uma sola de sapato que se transformara em pedra. A parte dianteira estava faltando. Mas havia o delineamento de pelo menos dois terços dela, e em volta deste delineamento passava um fio costurado e bem definido que tinha segundo parecia, colado o debrum à sola. A seguir havia outra linha de costura e, no centro, onde teria pousado o pé se o objeto tivesse sido mesmo uma sola de sapato, havia uma reentrância, exatamente como teria sido feita pelo osso do calcanhar esfregando e desgastando o material com que a sola havia sido feita. Reid entrou em contato com um microfotógrafo e um químico analítico do Instituto Rockefeller, que tirou fotos e fez análises do espécime. As análises eliminaram quaisquer dúvidas quanto ao fato da sola de sapato ter estado sujeita à fossilização Triássica. As ampliações microfotográficas são vinte vezes maiores do que o próprio espécime, mostrando os mais diminutos detalhes da torção e urdidura do fio, e provando, de forma conclusiva, que a sola de sapato não é uma semelhança, mas estritamente o trabalho manual do homem. Mesmo a olho nu, podem ser vistos distintamente os fios e os delineamentos de perfeita simetria da sola de sapato. Dentro desta borda e em sentido paralelo a ela, está uma linha que parece ser regularmente perfurada como que por pontos. A rocha Triássica portadora da sola de sapato fóssil é hoje reconhecida como sendo datada em 213 a 248 milhões de anos de idade. Um sapato obviamente moderno, completo com costura, e gravado no tempo numa rocha Triássica antiga. Que visitante moderno estava caminhando em nosso passado distante mais de 210 milhões de anos atrás antes da época dos dinossauros? A Era Paleozóica Ao aprofundarmos no tempo, entramos num período da Era Paleozóica em que a vida estava evoluindo de formas primitivas, flutuadores errantes multicelulares no oceano, para grupos avançados em terra. As formas mais avançadas no final deste período eram anfíbios, insetos, florestas de pteridófitas, e pequenos répteis. Os humanos não surgiriam por aproximadamente outros 300 milhões de anos. No entanto, as descobertas científicas abaixo sugerem novamente de forma mais acentuada que humanos modernos com tecnologia avançada estavam visitando o passado da Terra e andando numa época em que as primeiras formas de vida começavam a aparecer no nosso planeta. Descobertas do período Carbonífero Cordão de Ouro na Inglaterra, entre 320 – 360 milhões de anos de idade. Em 22jun1844, esta curiosa notícia foi publicada no London Times: “Poucos dias atrás, enquanto alguns operários trabalhavam para extrair uma rocha próxima ao Tweed, cerca de 400 mts abaixo do moinho de Rutherford, foi descoberto um cordão de ouro incrustado na pedra a uma profundidade de 2,4 mts.” O Dr. A. W. Medd, do Instituto Britânico de Pesquisas Geológicas, escreveu em 1985 que esta pedra é da era do Carbonífero Primitivo, com idade entre 320 e 360 milhões de anos. Quem deixou cair este cordão de ouro nas antigas florestas pteridófitas, num passado distante quando as formas mais avançadas de vida no planeta eram anfíbios e insetos? Corrente de Ouro de Morrisonville, Illinois, 260 – 320 milhões de anos de idade. Em 11jun1891, o The Morrisonville Times noticiou: “Uma curiosa descoberta foi trazida à luz na última terça-feira de manhã pela Sra. S. W. Culp. Enquanto quebrava um pedaço de carvão para colocá-lo num balde, ela descobriu, ao despedaçar o carvão, uma pequena corrente de ouro, incrustada em forma circular, com cerca de 25 centímetros de comprimento, de artesanato antigo e singular. A princípio, a Sra. Culp pensou que a corrente tinha caído por acaso no carvão, mas, ao tentar erguê-la, a idéia dela ter caído ali recentemente se tornou de imediato falaciosa, pois, quando o pedaço de carvão se quebrou, ele separou-se quase que na metade, e a posição circular da corrente colocou as duas extremidades próximas uma da outra, e quando o carvão se separou, o meio da corrente afrouxou-se enquanto cada extremidade permaneceu presa ao carvão. O pedaço de carvão do qual foi extraída esta corrente provém provavelmente das minas Taylorville ou Pana (sul de lllinois), e quase tira o fôlego pelo mistério de se pensar por quantas longas eras a terra vem formando estratos após estratos que ocultaram da visão as correntes douradas. A corrente era de ouro de 8 quilates e pesava 9 gramas.” Segundo o Instituto de Pesquisas Geológicas do Estado de Illinois, o carvão em que foi encontrada a corrente de ouro tem de 260 a 320 milhões de anos. Isto levanta a possibilidade de seres humanos culturalmente avançados terem estado presentes ou visitando a América do Norte durante aquela época. Como esta corrente de ouro veio parar no passado distante da Terra mais de um quarto de bilhão de anos antes dos humanos terem surgido? Pedra Entalhada perto de Webster, Iowa, 260 – 320 milhões de anos de idade. A edição de 2abr1897 do Daily News de Omaha, Nebraska, trazia um artigo intitulado “Pedra Entalhada Enterrada em Mina”, que descrevia um objeto de uma mina perto de Webster City, Iowa. O artigo declarava: “Hoje, enquanto extraía carvão na mina de carvão de Lehigh, a uma profundidade de 42 mts, um dos mineiros deparou com um pedaço de rocha que o intrigou, não sendo ele capaz de explicar a presença dela no fundo da mina.” A pedra é de cor cinza escura e tem cerca de 60 cms de comprimento, 30 cms de largura e 10 centímetros de espessura. Sobre a superfície da pedra, que é muito dura, existem linhas desenhadas em ângulos que formam diamantes perfeitos. O centro de cada diamante é um rosto bem feito de um homem velho com uma reentrância peculiar na testa, que aparece em cada uma das imagens, todos sendo extraordinariamente parecidos. Dos rostos, todos, exceto dois, estão olhando para a direita. Quem entalhou e deixou esta pedra no passado distante da terra? Xícara de Ferro da Mina de Carvão em Oklahoma, 312 milhões de anos de idade. Em 27nov1948 o seguinte comentário foi feito por Frank J. Kenwood, em Sulphur Springs, Arkansas. “Enquanto eu trabalhava na Estação Elétrica Municipal em Thomas, Oklahoma, em 1912, deparei com um naco sólido de carvão que era grande demais para ser usado. Quebrei-o com uma marreta. Esta peça de ferro caiu do centro, deixando a impressão do seu molde no pedaço de carvão. Stall (um empregado da companhia) testemunhou a quebra do carvão e viu a xícara cair. Eu investiguei a fonte do carvão e descobri ser ele oriundo das Minas Wilburton, em Oklahoma”. Segundo Robert O. Fay, do Instituto de Pesquisas Geológicas de Oklahoma, a mina de carvão Wilburton tem cerca de 312 milhões de anos. Que civilização avançada ou visitante estava criando ou usando potes de ferro em nosso passado, mais de 300 milhões de anos atrás? Parede de Blocos numa Mina em Oklahoma, pelo menos 286 milhões de anos de idade. W. W. McCormick, de Abilene, Texas, registrou o relato de seu avô de uma parede de blocos de pedra que foi encontrada no fundo de uma mina de carvão: No ano de 1928, eu, Atlas Almon Mathis, trabalhava na mina de carvão número 5, localizada a 3 Km ao norte de Heavener, Oklahoma. Esta era uma mina de poço, e nos disseram que ela tinha 3 Km de profundidade. A mina era tão profunda que descíamos nela de elevador … Bombeavam ar para nós lá embaixo, de tão profunda que ela era. Certa noite, Mathis estava dinamitando carvão com explosivos no “recinto 24″ desta mina. “Na manhã seguinte”, disse Mathis, “havia diversos blocos de concreto estirados no recinto. Estes blocos eram cubos de 30 cms e eram tão lisos e polidos por fora que todos os seis lados podiam ser usados como espelhos. Todavia, estavam cheios de cascalho, porque lasquei um deles com minha picareta e era concreto maciço por dentro.” Mathis acrescentou: “Quando eu começava a colocar vigas de madeira no recinto, ele desmoronou, e eu escapei por pouco. Quando regressei após o desmoronamento, vi que ficara exposta uma parede sólida desses blocos polidos. Cerca de 90 a 140 mts mais abaixo do nosso núcleo de ar, outro mineiro deparou com esta mesma parede, ou outra muito parecida.” O carvão na mina era do Carbonífero, o que significaria que a parede tinha pelo menos 286 milhões de anos de idade. Segundo Mathis, os funcionários da empresa de mineração imediatamente tiraram os homens da mina e proibiram eles de falar sobre o que haviam visto. Mathis disse que os mineiros de Wilburton também contaram sobre a descoberta de “um bloco sólido de prata na forma de um barril com as marcas das aduelas nele” numa área do carvão datada entre 280 e 320 milhões de anos atrás. Que civilização avançada construiu esta parede?… Por que a verdade, como em tantos outros casos, foi protegida e escondida? Qual a verdade sobre a presença de visitantes humanos modernos e tecnologia moderna em nosso passado? Hieróglifos numa Mina de Carvão em Ohio, 260 milhões de anos de idade. Foi relatado que James Parsons e seus dois filhos exumaram uma parede de ardósia numa mina de carvão em Hammondville, Ohio, em 1868. Era uma parede grande e lisa, revelada quando uma grande massa de carvão destacou-se dela, e em sua superfície, entalhadas em alto-relevo, havia diversas linhas de hieróglifos. Quem entalhou estes hieróglifos mais de 250 milhões de anos antes dos humanos caminharem pela terra? Descobertas do período Devoniano Prego em Arenito Devoniano, entre 360 e 408 milhões de anos de idade. Em 1844, Sir David Brewster relatou a descoberta de um prego firmemente incrustado num bloco de arenito da Pedreira Kingoodie (Mylnfield), na Escócia. O Dr. A. W. Medd, do Instituto Britânico de Pesquisas Geológicas, indicou recentemente que este arenito é da “idade Inferior do Antigo Arenito Vermelho” (Devoniano, entre 360 e 408 milhões de anos de idade). Em seu relatório à Associação Britânica para o Avanço da Ciência, Brewster declarou: “O bloco em particular no qual o prego foi encontrado tinha 23 cms de espessura, e no processo de preparar o bloco bruto para polimento, a ponta do prego foi encontrada projetando-se cerca de 1,5 cms (bastante corroída pela ferrugem) para dentro do ’till’ (argila depositada por geleiras), e o restante do prego jazendo ao longo da superfície da pedra numa extensão de 2,5 cms até a cabeça, que penetrava o corpo da pedra.” O fato da cabeça do prego estar enterrada no bloco de arenito pareceria descartar a possibilidade do prego ter sido martelado no bloco após este ter sido extraído. Esta era uma época em que os anfíbios e insetos eram as únicas formas de vida dominantes no nosso planeta. Então quem derrubou este prego que acabou sendo preservado em pedra numa época há mais de 350 milhões de anos antes dos humanos aparecerem? Descobertas do período Cambriano Em 1968, William J. Meister, desenhista e colecionador amador de trilobita, registrou a descoberta de uma impressão de sapato em Wheeler Shale, perto de Antelope Spring, Utah. Esta reentrância em forma de sapato e seu feitio foram revelados quando Meister abriu um bloco de argila xistosa. Claramente visíveis dentro da impressão, estavam os restos de trilobitas, artrópodes marinhos extintos. A argila xistosa portadora da impressão e dos fósseis de trilobita é do Período Cambriano, e deste modo, teria de 505 a 590 milhões de anos de idade. Meister descreveu a antiga impressão em forma de sapato num artigo publicado na Creation Research Society Quarterly: A impressão do calcanhar estava afundada na rocha cerca de um quarto de centímetro a mais do que a sola. A pegada era nitidamente aquela do pé direito, porque a sandália estava bem gasta do lado direito do calcanhar de forma característica. Nesta época da história do nosso planeta não havia planta ou vida animal em terra, mesmo os mais antigos tipos de peixes nadando nos oceanos não haviam evoluído. Deve ter sido uma paisagem estéril que este visitante do passado viu ao caminhar pela terra. Como ele chegou numa época tão distante do nosso passado? Descobertas do período Pré-Cambriano Vaso Metálico em Rocha Pré-Cambriana, mais de 600 milhões de anos de idade. O seguinte relatório, intitulado “Relíquia de uma Era Antiga”, foi publicado na revista Scientific American (5jun1852): Poucos dias atrás, foi dinamitada a rocha em Meeting House Hill, em Dorchester, uns 15 mts ao sul da casa de reuniões do Reverendo Hall. A explosão lançou uma imensa massa de rocha, com alguns dos pedaços pesando algumas toneladas, e espalhou fragmentos em todas as direções. Entre esses fragmentos foi encontrado um vaso metálico em duas partes, separadas pela explosão. Ao juntar as duas partes, formou-se um vaso campanular, com 12,7 cms de altura, 17,7 cms na base, 7,6 cms no topo, e cerca de 0,3 cms de espessura. O corpo deste vaso tem cor parecida com a do zinco, ou de um metal composto, havendo nele uma considerável porção de prata. Na lateral há seis figuras de uma flor, ou buquê, com uma bela decoração em pura prata, e contornando a parte inferior do vaso há uma vinha, ou grinalda, também com decoração em prata. A gravação, o entalhe, e a decoração, são feitos com o requinte da arte de algum hábil artesão. Este vaso curioso e desconhecido foi extraído pela dinamitação da massa sólida de pedra, 4,5 mts abaixo da superfície. Segundo um recente mapa norte-americano de levantamento geológico da área de Boston-Dorchester, a massa de pedra, hoje chamada o conglomerado de Roxbury, é de idade Pré-cambriana, com mais de 600 milhões de anos. Pelos relatos convencionais, a vida apenas começava a se formar neste planeta durante o Pré-Cambriano. Contudo, a julgar pelo vaso de Dorchester, temos evidência indicando a presença de artesãos em metal na América do Norte mais de 600 milhões de anos antes de Leif Erikson. Nesta época da história do nosso planeta não havia vida em terra, vegetal ou animal. As formas de vida mais avançadas nesta época estéril da história do nosso planeta eram algas simples, flutuando nos oceanos. No entanto, de algum modo esta bela peça de arte foi trazida e deixada para trás, e finalmente enterrada e preservada na rocha antiga. Nas últimas décadas, mineiros sul-africanos encontraram centenas de esferas metálicas, e pelo menos uma delas tem três sulcos paralelos girando em torno de seu equador. As esferas são de dois tipos ¬ “uma de metal sólido azulado com manchas brancas, e outra que é uma bola oca recheada com um centro esponjoso branco”. Roelf Marx, curador do museu de Klerksdorp, África do Sul, onde estão guardadas algumas das esferas, disse: “As esferas são um mistério completo. Elas parecem feitas pelo homem, todavia, na época da história da Terra em que vieram descansar nesta rocha, não existia vida inteligente. Os globos são encontrados em pirofilita, que é extraída perto da pequena cidade de Ottosdal, no Transvaal Ocidental. Esta pirofilita é um mineral secundário bastante macio, com uma contagem de apenas três na escala de Mohs, e foi formada por sedimentação cerca de 2,8 bilhões de anos atrás. Porém, os globos são muito duros e não podem ser arranhados, nem sequer com aço”. A esfera com os três sulcos paralelos a contornando são perfeitos demais para serem qualquer outra coisa senão feitos pelo homem. O depósito mineral Pré-cambriano onde os globos foram encontrados é datado em pelo menos 2.8 bilhões de anos de idade. Nesta época, células microscópicas simples eram as únicas coisas vivas na terra – mas isto obviamente não é verdade. Quem criou ou deixou para trás estas esferas magníficas? Obviamente feitas pelo homem, e mais resistentes do que aço. Qual era a finalidade delas para as pessoas que visitaram e deixaram elas perdidas no tempo? Nas últimas décadas, mineiros sul-africanos encontraram centenas de esferas metálicas, e pelo menos uma delas tem três sulcos paralelos girando em torno de seu equador. As esferas são de dois tipos “uma de metal sólido azulado com manchas brancas, e outra que é uma bola oca recheada com um centro esponjoso branco”. Roelf Marx, curador do museu de Klerksdorp, África do Sul, onde estão guardadas algumas das esferas, disse: “As esferas são um mistério completo. Elas parecem feitas pelo homem, todavia, na época da história da Terra em que vieram descansar nesta rocha, não existia vida inteligente. Os globos são encontrados em pirofilita, que é extraída perto da pequena cidade de Ottosdal, no Transvaal Ocidental. Esta pirofilita é um mineral secundário bastante macio, com uma contagem de apenas três na escala de Mohs, e foi formada por sedimentação cerca de 2,8 bilhões de anos atrás. Porém, os globos são muito duros e não podem ser arranhados, nem sequer com aço”. A esfera com os três sulcos paralelos a contornando são perfeitos demais para serem qualquer outra coisa senão feitos pelo homem. O depósito mineral Pré-cambriano onde os globos foram encontrados é datado em pelo menos 2.8 bilhões de anos de idade. Nesta época, células microscópicas simples eram as únicas coisas vivas na terra – mas isto obviamente não é verdade. Quem criou ou deixou para trás estas esferas magníficas? Obviamente feitas pelo homem, e mais resistentes do que aço. Qual era a finalidade delas para as pessoas que visitaram e deixaram elas perdidas no tempo? Esse é um trecho de uma entrevista com os autores: Michael A. Cremo e Richard L. Thompson sobre um importante livro lançado por eles, cujo titulo é: A História Secreta da Raça Human ou “Arqueologia proibida”. Lançado em 2004 pela editora ALEPH. Site oficial do livro: http://www.mcremo.com/ No livro os dois autores mostram centenas de evidencias que provam que a história arqueológica da vida na Terra (em especial a humana) é completamente diferentes daquilo que é ensinado nas escolas. Eles dizem que os ideologicamente motivados procuram encobrir a verdade das evidências em nome de uma teoria preferida, no caso a Teoria da Evolução de Darwin/Wallace. Mas as evidencias arqueológicas contestam fortemente as premissas da Teoria evolutiva Darwiniana. Se as evidências na natureza fossem levadas em consideração, certamente a Teoria da Evolução nem teria saído do papel, são centenas as provas contra essa Teoria. Mas por mero capricho ideológico, os cientistas procuram mentir e manipular os achados arqueológicos para que estes não venham a contestar a Teoria da Evolução. A Teoria da evolução é a base da fé religiosa dos materialistas (sinônimo de Darwinistas, Ateístas, Naturalistas, reducionistas), se ela cair, então a fé deles não terá razão de ser. Por isso eles não medem conseqüências na defesa dessa tosca teoria, então mentem, matam, distorcem os dados, etc… tudo para que sua religião continue sendo ensinada como “verdade” nas escolas.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Isaak Yudovich Ozimov Petrovichi (Isaac Asimov) - Mas afinal, o que é inteligência?

Quando eu estava no exército, fiz um teste de aptidão, solicitado a todos os soldados, e consegui 160 pontos. A média era 100. Ninguém na base tinha visto uma nota dessas e durante duas horas eu fui o assunto principal...(Não significou nada – no dia seguinte eu ainda era um soldado raso da KP – Kitchen Police) Durante toda minha vida consegui notas como essa, o que sempre me deu uma ideia de que eu era realmente muito inteligente. E eu imaginava que as outras pessoas também achavam isso. Porém, na verdade, será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder um tipo específico de perguntas acadêmicas, consideradas pertinentes pelas pessoas que formularam esses testes de inteligência, e que provavelmente têm uma habilidade intelectual parecida com a minha? Por exemplo, eu conhecia um mecânico que jamais conseguiria passar em um teste desses, acho que não chegaria a fazer 80 pontos. Portanto, sempre me considerei muito mais inteligente que ele. Mas, quando acontecia alguma coisa com o meu carro e eu precisava de alguém para dar um jeito rápido, era ele que eu procurava. Observava como ele investigava a situação enquanto fazia seus pronunciamentos sábios e profundos, como se fossem oráculos divinos. No fim, ele sempre consertava meu carro. Então imagine se esses testes de inteligência fossem preparados pelo meu mecânico. Ou por um carpinteiro, ou um fazendeiro, ou qualquer outro que não fosse um acadêmico. Em qualquer desses testes eu comprovaria minha total ignorância e estupidez. Na verdade, seria mesmo considerado um ignorante, um estúpido. Em um mundo onde eu não pudesse me valer do meu treinamento acadêmico ou do meu talento com as palavras e tivesse que fazer algum trabalho com as minhas mãos ou desembaraçar alguma coisa complicada eu me daria muito mal. A minha inteligência, portanto, não é algo absoluto mas sim algo imposto como tal, por uma pequena parcela da sociedade em que vivo. Vamos considerar o meu mecânico, mais uma vez. Ele adorava contar piadas. Certa vez ele levantou sua cabeça por cima do capô do meu carro e me perguntou: Doutor, um surdo-mudo entrou numa loja de construção para comprar uns pregos. Ele colocou dois dedos no balcão como se estivesse segurando um prego invisível e com a outra mão, imitou umas marteladas. O balconista trouxe então um martelo. Ele balançou a cabeça de um lado para o outro negativamente e apontou para os dedos no balcão. Dessa vez o balconista trouxe vários pregos, ele escolheu o tamanho que queria e foi embora. O cliente seguinte era um cego. Ele queria comprar uma tesoura. Como o senhor acha que ele fez? Eu levantei minha mão e “cortei o ar” com dois dedos, como uma tesoura. “Mas você é muito burro mesmo! Ele simplesmente abriu a boca e usou a voz para pedir” Enquanto meu mecânico gargalhava, ele ainda falou: - Tô fazendo essa pegadinha com todos os clientes hoje. - E muitos caíram? - perguntei esperançoso. - Alguns. Mas com você eu tinha certeza absoluta que ia funcionar. - Ah é? Por quê? - Porque você tem muito estudo, doutor, sabia que não seria muito esperto. E algo dentro de mim dizia que ele tinha alguma razão nisso tudo. tradução livre do original - What is inteligence, anyway? Nasceu em 2jan1920 - 6abr1992, escritor e bioquímico americano, nascido na Rússia, autor de obras de ficção científica e divulgação científica. A obra mais famosa de Asimov é a série da Fundação, também conhecida como Trilogia da Fundação, que faz parte da série do Império Galáctico e que logo combinou com sua outra grande série dos Robots. Também escreveu obras de mistério e fantasia, assim como uma grande quantidade de não-ficção. No total, escreveu ou editou mais de 500 volumes, aproximadamente 90 mil cartas ou postais, e tem obras em cada categoria importante do sistema de classificação bibliográfica de Dewey, exceto em filosofia. Asimov foi reconhecido como mestre do gênero da ficção científica e, junto com Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke, foi considerado em vida como um dos "Três Grandes" escritores da ficção científica. Asimov foi membro e vice-presidente por muito tempo da Mensa, ainda que com falta: ele os descrevia como "intelectualmente combalidos". Exercia, com mais frequência e assiduidade, a presidência da American Humanist Association (Associação Humanista Americana). Em 1981, um asteroide recebeu seu nome em sua homenagem, o 5020 Asimov. O robô humanóide "ASIMO" da Honda, também pode ser considerada uma homenagem indireta a Asimov, pois o nome do robô significa, em inglês, Advanced Step in Innovative Mobility, além de também significar, em japonês, "também com pernas" (ashi mo), em um trocadilho linguístico em relação à propriedade inovadora de movimentação deste robô. No livro Escolha a Catástrofe, Asimov disserta sobre os futuros problemas que poderiam levar a humanidade à extinção e como a tecnologia poderia salvá-la. Em certa parte do livro, ele fala sobre a educação e como ela poderia funcionar no futuro. Haverá uma tendência para centralizar informações, de modo que uma requisição de determinados itens pode usufruir dos recursos de todas as bibliotecas de uma região, ou de uma nação e, quem sabe, do mundo. Finalmente, haverá o equivalente de uma Biblioteca Computada Global, na qual todo o conhecimento da humanidade será armazenado e de onde qualquer item desse total poderá ser retirado por requisição. …Certamente, cada vez mais pessoas seguiriam esse caminho fácil e natural de satisfazer suas curiosidades e necessidades de saber. E cada pessoa, à medida que fosse educada segundo seus próprios interesses, poderia então começar a fazer suas contribuições. Aquele que tivesse um novo pensamento ou observação de qualquer tipo sobre qualquer campo, poderia apresentá-lo, e se ele ainda não constasse na biblioteca, seria mantido à espera de confirmação e, possivelmente, acabaria sendo incorporado. Cada pessoa seria, simultaneamente, um professor e um aprendiz. — Isaac Asimov - 1979

António Damásio - A Origem da Consciência Humana

No campus da Universidade de Iowa, Estados Unidos, o neurologista português António Damásio gasta boa parte do tempo tentando compreender uma das áreas mais nebulosas do conhecimento: a consciência humana. É difícil encontrar um desafio mais instigante para um cientista, diz Damásio. Afinal, o que poderia ser mais fascinante do que conhecer o modo como conhecemos? Em seus dois livros, O Erro de Descartes e O Mistério da Consciência (editados no Brasil pela Companhia das Letras), Damásio descreve como a consciência abriu caminho para uma verdadeira revolução na natureza, tornando possível o surgimento da religião, da moral, da organização social e política, das artes, da ciência e da tecnologia. Ele tenta encontrar as respostas para as questões mais antigas da filosofia pesquisando o que há de mais novo no conhecimento do cérebro. Depois da polêmica em torno da clonagem humana, ele prevê que os debates mais fervorosos da ciência estarão ligados à possibilidade de manipularmos nossas emoções por meio de uma melhor compreensão da mente. Qual a origem da consciência humana? A consciência é fruto da necessidade básica de nos mantermos vivos. É claro que, na natureza, existe uma série de organismos simples que vivem de uma forma basicamente automática. Desde que mantenham cuidados básicos, como evitar perigos e adquirir a energia por meio dos alimentos, a vida desses organismos pode ser preservada. Os seres humanos são mais complexos: além de precisarem manter a vida de uma forma simples, eles têm que se adaptar a um ambiente cheio de dificuldades para obter energia e se expõem a inúmeros perigos e oportunidades. Nesse ambiente que não é apenas físico, mas também cultural, precisamos de um sistema complexo de imaginação, criatividade e planejamento. A consciência surge dessa necessidade. Existe uma primeira forma de consciência? Uma forma de consciência inicial aparece quando o homem sente que ele é um ser em si mesmo. É difícil encontrar uma palavra, em português, para definir o processo. Chamo essa consciência de self. É ela que faz que não sejamos um robô, uma máquina manipulável. Podemos guiar a imaginação e conduzir a criatividade por meio dessa consciência. Para compreendermos o que é a dor, o sofrimento, e também o prazer das outras pessoas, precisamos antes ter uma idéia de quem somos. E a consciência self é fundamental para que possamos respeitar os outros. Como o estudo da consciência pode melhorar a vida das pessoas? Grande parte do sofrimento humano é causado por conflitos das pessoas consigo mesmas. Quando conhecemos mais a natureza biológica do homem, encaramos esses problemas com outro olhar. Se conhecemos os mecanismos que acionam a ansiedade, a tristeza e a alegria, podemos entender melhor como cada pessoa é e evitar certos problemas. Pense nos conflitos religiosos, políticos e de grupos sociais. É claro que há bases econômicas para eles mas acredito que a compreensão das emoções pode ajudar a mudar a maneira pela qual as pessoas tentam resolver essas disputas. Entender a tendência para a violência, para a competição ou o funcionamento do medo é fundamental para o autocontrole. Posso soar otimista, mas acredito que, quando admitirmos que nossa razão é influenciada por essas emoções, o mundo poderá tornar-se melhor. A compreensão detalhada da consciência não pode nos tornar mais céticos ao descobrirmos, por exemplo, que há, no cérebro, uma região responsável pelo amor ou outra pela fé? Mesmo que venhamos a compreender a mente com mais profundidade, será muito difícil desvendar mistérios como a origem do universo ou o que faz com que nos apaixonemos por outra pessoa. É possível que nunca cheguemos a desvendar essas questões talvez nosso cérebro não tenha capacidade para compreender certos enigmas... Como a crença em Deus... Exatamente. Acho improvável que a neurociência consiga, um dia, apresentar razões para que as pessoas tenham ou deixem de ter fé numa inteligência superior. Elas podem até deixar de acreditar em milagres. Mas a ciência não tem como concluir que o Criador existe ou deixa de existir. A fé e a origem do universo não são problemas científicos passageiros. Mesmo assim, o conhecimento da mente pode mudar a forma como nos relacionamos com a vida. As pessoas tendem a aceitar a morte em função da complexidade do universo. Acho que deveria ser o contrário: constatando como a vida é frágil, podemos dar mais importância a ela e trabalhar para que seja a melhor possível enquanto dure. A cada ano surgem um novo antidepressivo e drogas que provocam emoções artificiais. Você acredita que, no futuro, teremos uma droga que possa acabar com as emoções ruins? Acho que sim. É uma questão importante, que precisaremos discutir cada vez mais. Imagine uma superpopulação tomando Prozac diariamente. Esse grupo de pessoas alteraria um sistema natural e poderia causar diversos problemas é claro que alguns problemas seriam resolvidos, mas as conseqüências da proliferação dessa medicação poderiam levar à ruína de uma sociedade. Tem que haver mais investigação sobre como essas drogas serão usadas. É claro que as pessoas deprimidas devem ser tratadas, mas pode ser um erro tomar o medicamento apenas para inibir a timidez e impulsionar a vida social. A ciência precisa trazer mais informações para que esses temas não sejam discutidos pela simples opinião ou intuição de algumas pessoas. Chegaremos, um dia, a manipular tão bem as áreas do cérebro que poderemos reproduzir com uma pílula a sensação de voar ou de passear numa montanha russa? É bem provável que isso seja possível. E, sem dúvida, para a sociedade esse será um assunto tão polêmico quanto o da clonagem genética. Vamos ter que decidir o que deve e não deve ser permitido exatamente como na regulamentação da indústria do cinema e da televisão. Há um ponto em que tanto a criação artística quanto a científica precisam ser filtradas pela sociedade. Mas não podemos deixar que um burocrata decida isso. Quanto mais informações forem divulgadas no futuro, inclusive por meio desta revista, mais condições a sociedade terá para tomar suas decisões. Que outro tipo de realidade virtual poderá ser criada, no futuro, manipulando o cérebro? Prefiro não especular, tudo ainda não passa de teoria. O estudo da consciência humana é um campo da ciência à espera de um novo Newton? O problema da consciência é um tema complexo, que tem sido mal abordado. É evidente que é necessário avançar muito mais. Acho que meu livro O Mistério da Consciência traz alguns avanços importantes sobre o assunto, mas não devemos ter a ingenuidade de acreditar que tudo está resolvido. Há imensos problemas à espera de mais investigação e trabalho. Nos próximos dez ou 20 anos, talvez seja possível resolver boa parte deles. Como escrever sobre assuntos tão complexos para o público leigo? Os temas sobre os quais escrevo são importantes demais para ficarem restritos aos cientistas. Escrever sobre o pâncreas ou o fígado pode ser atraente apenas para os médicos, mas o público tem interesse quando falamos da mente, do pensamento, da emoção e do sentimento. É fantástico o retorno que tenho recebido dos leitores dos meus livros em todo o mundo. Interessados em arte, literatura e cinema dizem que essa pesquisa os ajuda a compreender melhor o que fazem nas suas próprias áreas. Fonte: Revista SuperInteressante

Johanna (Hannah) Arendt

Nascida em Linden-Limmer, hoje bairro de Hanôver, Alemanha, 14out1906 – Nova Iorque, Estados Unidos, 4dez1975, filosofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX. A privação de direitos e perseguição na Alemanha de pessoas de origem judaica a partir de 1933, assim como o seu breve encarceramento nesse mesmo ano, fizeram-na decidir emigrar. O regime nazista retirou a nacionalidade dela em 1937, o que lhe tornou apátrida até conseguir a nacionalidade estadunidense em 1951. Trabalhou, entre outras atividades, como jornalista e professora universitária e publicou obras importantes sobre filosofia política. Contudo, rechaçava ser classificada como "filosofa" e também se distanciava do termo "filosofia política"; preferia que suas publicações fossem classificadas dentro da "teoria política". Arendt defendia um conceito de "pluralismo" no âmbito político. Graças ao pluralismo, o potencial de uma liberdade e igualdade política seria gerado entre as pessoas. Importante é a perspectiva da inclusão do Outro. Em acordos políticos, convênios e leis, devem trabalhar em níveis práticos pessoas adequadas e dispostas. Como frutos desses pensamentos, Arendt se situava de forma crítica ante a democracia representativa e preferia um sistema de conselhos ou formas de democracia direta. Entretanto, ela continua sendo estudada como filosofa, em grande parte devido a suas discussões críticas de filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles, Immanuel Kant, Martin Heidegger e Karl Jaspers, além de representantes importantes da filosofia moderna como Maquiavel e Montesquieu. Justamente graças ao seu pensamento independente, a teoria do totalitarismo (Theorie der totalen Herrschaft, seus trabalhos sobre filosofia existencial e sua reivindicação da discussão política livre, Arendt tem um papel central nos debates contemporâneos. Como fontes de suas investigações Arendt usa, além de documentos filosóficos, políticos e históricos, biografias e obras literárias. Esses textos são interpretados de forma literal e confrontados com o pensamento de Arendt. Seu sistema de análise - parcialmente influenciado por Heidegger - a converte em uma pensadora original situada entre diferentes campos de conhecimento e especialidades universitárias. O seu devenir pessoal e o de seu pensamento mostram um importante grau de coincidência. Arendt nasceu em 1906 no seio de uma família de judeus secularizados, perto de Hanôver. Seus antepassados vieram de Königsberg, na Prússia (a cidade atual russa de Kaliningrado), para onde voltaram seu pai, o engenheiro Paul Arendt, que sofria de sífilis, sua mãe Martha (de nome de solteira Cohn) e ela, quando Hannah tinha somente três anos. Depois da morte de seu pai, em 1913, foi educada de forma bastante liberal por sua mãe, que tinha tendências social-democratas. Nos círculos intelectuais de Königsberg nos quais se criou, a educação das meninas era algo que certamente ocorria. Através de seus avós, conheceu o judaísmo reformado. Não pertencia a nenhuma comunidade religiosa, mas sempre se considerou judia, inclusive participando do movimento sionista. Aos 14 anos, já havia lido a Crítica da razão pura de Kant. Na biografia de Heidegger, R. Safranski afirma porém que Arendt havia lido a obra citada de Kant aos 17 (cf. Um mestre da Alemanha. Martin Heidegger e o seu tempo. Barcelona, Tusquets, 1997 {ISBN 84-8310-032-0}, p. 170)e a Psicologia das concepções do mundo de Jaspers. Aos 17 anos teve de abandonar a escola por problemas disciplinares, indo então sozinha a Berlim, onde, sem haver concluído sua formação, teve aulas de teologia cristã e estudou pela primeira vez a obra de Søren Kierkegaard. De volta a Königsberg em 1924, foi aprovada no exame de maturidade(Abitur). Em 1924, começou seus estudos na universidade de Marburg e durante um ano assistiu às aulas de filosofia de Martin Heidegger e de Nicolai Hartmann, e as de teologia protestante de Rudolf Bultmann, além de grego. Heidegger, pai de família de 35 anos, e Arendt, estudante 17 anos mais jovem que ele, foram amantes, ainda que tivessem de manter em segredo a relação por causa das aparências. No começo de 1926, ela não aguentava mais a situação e decidi trocar de universidade, indo para a universidade Albert Ludwig de Freiburg, para aprender com Edmund Husserl. Ela também estudou filosofia na universidade de Heidelberg e se formou em 1928 sob a tutoria de Karl Jaspers, com a tese O conceito de amor em Santo Agostinho. A amizade com Jaspers duraria até a morte do filósofo. Arendt havia levado uma vida muito recatada em Marburg como consequência do segredo de sua relação com Heidegger; mantinha amizade apenas com outros alunos, como Hans Jonas, e com seus amigos de Königsberg. Em Heidelberg, ampliou seu círculo de amigos, a que pertenceram Karl Frankenstein, que em 1928 apresentou uma dissertação histórico-filosófica, Erich Neumann, seguidor de Jung e Erwin Loewenson, um ensaísta expressionista. Jonas também se mudou para Heidelberg e realizou alguns trabalhos sobre Santo Agostinho. Outro círculo de amigos se abriu graças a sua amizade com Benno von Wiese e seus estudos com Friedrich Gundolf, que lhe havia recomendado Jaspers. Sua amizade com Kurt Blumenfeld, diretor e porta-voz do movimento sionista alemão, cujos estudos tratavam a chamada questão judaica e a assimilação cultural também foi importante. Hannah Arendt agradeceu-lhe em uma carta de 1951 o seu próprio entendimento da situação dos judeus. Em 1933 (ano da tomada do poder de Hitler) Arendt foi proibida de escrever uma segunda dissertação que lhe daria o acesso ao ensino nas universidades alemãs por causa da sua condição de judia. O seu crescente envolvimento com o sionismo levá-la-ia a colidir com o anti-semitismo do Terceiro Reich - o que a conduziria, seguramente, à prisão. Conseguiu escapar da Alemanha e passou por Praga e Genebra antes de se mudar para Paris, onde trabalhou pelos 6 anos seguintes com crianças judias expatriadas e conheceu e tornou-se amiga do crítico literário e filósofo marxista Walter Benjamin. Foi presa (uma segunda vez) na França conjuntamente com o marido, o operário e "marxista crítico" Heinrich Blutcher, e acabaria em 1941 por partir para os Estados Unidos, com a ajuda do jornalista americano Varian Fry. Trabalhou nos Estados Unidos em diversas editoras e organizações judaicas, tendo escrito para o "Weekly Aufba". Em 1963 é contratada como professora da Universidade de Chicago onde ensina até 1967, ano em que se muda para Nova York e passa a lecionar na New School of Social Research, instituição onde se manterá até à sua morte em 1975. O trabalho filosófico de Hannah Arendt abarca temas como a política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a condição laboral, a violência, e a condição de mulher. O primeiro livro "As origens do totalitarismo"(1951) consolida o seu prestígio como uma das figuras maiores do pensamento político ocidental. Arendt assemelha de forma polêmica o nazismo e o stalinismo, como ideologias totalitárias, isto é, com uma explicação compreensiva da sociedade mas também da vida individual, e mostra como a via totalitária depende da banalização do terror, da manipulação das massas, do acriticismo face à mensagem do poder. Hitler e Stalin seriam duas faces da mesma moeda tendo alcançado o poder por terem explorado a solidão organizada das massas. Sete anos depois publica "A condição humana", obra onde adota a clássica tripartição grega e enfatiza a importância da política como ação e como processo, dirigida à conquista da liberdade: Com a expressão 'vita ativa', pretendo designar três atividades humanas fundamentais: labor, trabalho e ação. (...) O labor é a atividade que corresponde ao processo biológico do corpo humano (...). A condição humana do labor é a própria vida. O trabalho é a atividade correspondente ao artificialismo da existência humana (...). O trabalho produz um mundo "artificial" de coisas, nitidamente diferente de qualquer ambiente natural. A condição humana do trabalho é a mundanidade. A ação, única atividade que se exerce diretamente entre os homens sem a mediação das coisas ou da matéria, corresponde à condição humana da pluralidade, ao fato de que homens, e não o Homem, vivem na Terra e habitam o mundo. Todos os aspectos da condição humana têm alguma relação com a política; mas esta pluralidade é especificamente 'a' condição (...) de toda a vida política. Publica depois "Sobre a Revolução" (1963), talvez o seu maior tributo para o pensamento liberal contemporâneo, e examina a revolução francesa e a revolução americana, mostrando o que têm de comum e de diferente, e defendendo que a preservação da liberdade só é possível se as instituições pós-revolucionárias interiorizarem e mantiverem vivas as idéias revolucionárias. Lembraria os seus concidadãos americanos (entretanto adquiriria a nacionalidade americana) que se distanciassem dos ideais que tinham inspirado a revolução americana perderiam o seu sentido de pertencer e identidade. Ainda, em 1963, escreveria "Eichmann em Jerusalém" a partir da cobertura jornalística que faria do julgamento do exterminador dos judeus e arquiteto da Solução Final para a The New Yorker. Nesse livro impressionante revela que o grande exterminador dos judeus não era um demônio e um poço de maldade (como o criam os ativistas judeus) mas alguem terrível e horrivelmente normal. Um típico burocrata que se limitara a cumprir ordens, com zelo, sem capacidade de separar o bem do mal, ou de ter mesmo contrição. Esta perspectiva valer-lhe-ia a crítica virulenta das organizações judaicas que a considerariam falsa e abjurariam a insinuação da cumplicidade dos próprios judeus na prática dos crimes de extermínio. Arendt apontara, apenas, para a complexidade da natureza humana, para uma certa "Banalidade do Mal" que surge quando se compadece com o sofrimento, a tortura e a própria prática do mal. Daí conclui que é fundamental manter uma permanente vigilância para garantir a defesa e preservação da liberdade. Arendt regressaria depois à Alemanha e manteria contato com o seu antigo mentor Martin Heidegger, que se encontrava afastado do ensino, depois da libertação da Alemanha, dadas as suas simpatias nazis. Envolver-se-ia, pessoalmente, na reabilitação do filósofo alemão, o que lhe valeria novas críticas das associações judaicas americanas. Do relacionamento secreto entre ambos ao longo de décadas (inclusive no exílio nos Estados Unidos) seria publicado um livro marcante, "Lettres et autres documents", 1925-1975, Hannah Arendt, Martin Heidegger, com edição alemã e tradução francesa da responsabilidade das Editions Gallimard. Arendt está sepultada em Bard College, Annandale-on-Hudson.