![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGn4Yi2r5Hb0CAVrmR6WDgyVgIi2YhmD1gee26ks-vQ95WyYerln3_JtXfF2rLawYLNDlqCX4b7slX1oZYIQ89swXxi1Rz6oBz7uoflEFHVrQCPei2daNpo61AG4aWKq_QLUOYwDaRlEs_/s400/3.jpg)
Quando o gnosticismo primitivo já perdia a sua influência no mundo greco-romano, surgiu na Babilônia e na Pérsia, no século III, uma nova vertente, o maniqueísmo. O seu fundador foi o profeta persa Mani (ou Manés) e as suas ideias sincretizavam elementos do Zoroastrismo, do Hinduísmo, do Budismo, do Judaísmo e do Cristianismo. Desse modo, Mani considerava Zoroastro, Buda e Jesus como "pais da Justiça", e pretendia, através de uma revelação divina, purificar e superar as mensagens individuais de cada um deles, anunciando uma verdade completa.
Conforme as suas ideias, a fusão dos dois elementos primordiais, o reino da luz e o reino das trevas, teria originado o mundo material, essencialmente mau. Para redimir os homens de sua existência imperfeita, os "pais da Justiça" haviam vindo à Terra, mas como a mensagem deles havia sido corrompida, Mani viera a fim de completar a missão deles, como o Paráclito prometido por Cristo, e trouxera segredos para a purificação da luz, apenas destinados aos eleitos que praticassem uma rigorosa vida ascética. Os impuros, no máximo podiam vir a ser catecúmenos e ouvintes, obrigados apenas à observância dos dez mandamentos. As ideias maniqueístas espalharam-se desde as fronteiras com a China até ao Norte d'África. Mani acabou crucificado no final do século III, e os seus adeptos sofreram perseguições na Babilónia e no Império Romano, neste último nomeadamente sob o governo do Imperador Diocleciano e, posteriormente, os imperadores cristãos. Apesar da igreja ter condenado esta doutrina como herética em diversos sínodos desde o século IV, ela permaneceu viva até à Idade Média.
Nenhum comentário:
Postar um comentário